quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

LICENÇA MATERNIDADE AMPLIADA



Há anos, que mães e profissionais de sáude que defendem a amamentação , lutam para que a licença maternidade ( e paternidade),sejam ampliadas.
Realmente se formos parar para pensar, 4 meses de licença é muito pouco, ainda mais porque, a maioria das mães de primeira viagem,como já fui,sentem-se inseguras, algumas podem apresentar dificuldades variadas para amamentar,as cólicas surgem e nos cansam muito, e aí quando vemos, já se passaram 3 meses e no 4o mês, precisamos retornar ao trabalho, tendo já na prescrição médica o oferecimento de papinhas, sopinhas, etc e tal!
E o pai então? Somente pode ficar por 5 dias com seu filhote!!!!
Fora que, não nos é dito, da importancia do vinculo entre mãe(pai ) e bebê. Os bebês precisam ser acolhidos, cuidados e nutridos por um outro ser da mesma espécie para que possam se desenvolver e já se sabe que é em função das relações interpessoais, que o bebê desenvolve sua mente.
Então, além da vantagem emocional, afetiva,psicologica, a licença maternidade/paternidade ampliadas vêm possibilitar a mãe , pai e familia a cumprirem, caso desejem , o ideal na alimentação do bebê: amamentação exclusiva até o 6o mês !!
Eu consegui amamentar meus dois filhos exclusivamente até essa idade,com muito esforço e vencendo barreiras da creche!
Consegui diante de muitas bocas dizendo que seria impossível !
Me ordenhava varias vezes ao dia, congelava o leite, levava-o para a creche e assim fomos caminhando. Meu filho mais velho por conta do uso da mamadeira, acabou desmamando mais cedo, mas minha filha,foi alimentada na creche atraves de copo (apesar das reclamações das berçaristas!)
Há muitas mães interessadas em saber sobre a ampliação da licença maternidade, então deixo aqui algumas informações:

"Lula aprova licença-maternidade de seis meses; saiba mais sobre o benefício
SÃO PAULO – A licença-maternidade de seis meses foi aprovada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e publicada no DOU (Diário Oficial da União) do dia 23 de dezembro, por meio do decreto 7.052.
O decreto institui o Programa Empresa Cidadã, destinado a prorrogar por 60 dias a duração da licença-maternidade. Pelas regras, será beneficiada pela ampliação do direito a empregada da empresa que participar do programa e que requeira a prorrogação do salário-maternidade até o final do primeiro mês após o parto.
Os 60 dias serão contados a partir do primeiro dia após o término de vigência do benefício, segundo dita a nova legislação, que tem efeitos a partir de 1º de janeiro de 2010."

FONTE:
http://dinheiro.br.msn.com/mercado/artigo.aspx?page=0&cp-documentid=23158254


Eis aqui, outras informaçãoes:

http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/lic_matern_180dias.htm

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/gestantes/licenca-maternidade.php

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/gestantes/licenca-paternidade.php

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Visitas - recebê-las ou não?








Mães
PLAQUINHA para VISITAS na MATERNIDADE: "BEBÊ sendo AMAMENTADO!"


AVISO para VISITAS:

Aguarde a “Mamãe está AMAMENTANDO”

Compartilhando nossa experiência particular, quando nasceu nossa filha: com calma e carinho explicamos com antecedência aos nossos amigos e familiares que não levassem a mal, mas que, como pais, sentíamos uma necessidade muito grande de tranquilidade e intimidade com nosso bebê nos primeiros dias após o nascimento.

Pela maioria das pessoas fomos olhados primeiramente com estranhamento, pois todos estavam prontos para irem em procissão ao hospital. Mas, em seguida compreenderam e respeitaram com carinho.

Resultado: descanso merecido para a mãe (e pai) que acabava de ganhar a criança, tranquilidade para o bebê em seu primeiro contato com tantas coisas novas, total atenção voltada ao sucesso da amamentação (e foi um verdadeiro sucesso, conseguimos vencer todas as dificuldades e nossa filha parou de mamar há um mês, com dois anos e três meses!!!!)...

Além desse pedido carinhoso aos amigos e família, fizemos uma plaquinha (utilizando um símbolo internacional de amamentação)que usávamos na porta do quarto, com resultado muito, muito eficiente e contagiante (várias mães e pais nos pediam cópia da placa - e já tínhamos levando algumas cópias para distribuir, pensando justamente no "poder" do "contágio").

Sou totalmente partidária em mudar essa mentalidade da invasão de visitas no hospital!! Certamente se a própria instituição puder fazer algo neste sentido, vai ajudar muitos pais e mães que se sentiriam mal em anunciar um pedido como este.

Pedimos àqueles que forem utilizar a placa, por favor, que nos mandem toda e qualquer notícia sobre a a sua aceitação/repercusão e/ou resultados (se ajudou a criar um ambiente mais propício à amamentação; se foi aceita pelos pais; se a instituição aprovou...), para podermos reunir todos os dados e mandar notícias às redes.

abração e carinho,


Maria Alice e Esteban Papanicolau

www.integria.com.br

Picada Café - RS

Autor: Da lista L-materno@: Maria Alice e Esteban Papanicolau
Data: 4/11/2009
Autorizado pelos autores

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

VISITAS:MINHA EXPERIÊNCIA PESSOAL


Esse é um tema difícil !

Essa semana, li numa lista de amamentação que faço parte( L-materno), várias opiniões sobre o assunto.

Eu vivenciei a experiencia de ter visitas numerosas tanto em casa,quanto no hospital.

Para mim, foi mais difícil administrá-las no 1o filho, porém, no 2o, por já ter a experiencia anterior, solicitei que fossem somente no hospital e , também foi drástico!

Meu quarto parecia um quarto de gente famosa !

Quando fui embora, a recepção fez esse comentário. Era visita desde a manhã ,até á noite!

Teve um dia que Joana, estava muito agitada,chorando desde a madrugada e por isso, nao tive condições de receber ninguém mesmo!

Dificil adminstrar familia, parentes e amigos, mas , se faz necessário dizer com clareza e delicadeza o que os pais , desejam no 1o mes ou até no 2o, em relação ás visitas.

No meu 1o filho, gravei na secretária eletronica, um momento de choro bem intenso e logo após eu dizia assim: "Oi gente! Bom ,como viram, estamos impossibilitados de atender. Mas ó, adoramos saber que você ligou! Quando der, retornaremos,ok?"

E quando eu retornava a ligação, dizia sobre a suspensão das visitas até o 2o mês de vida do filhote . Muita gente criticou a atitude, mas enfim, era isso ou era isso! (rsrsrsrsr)

Com Joana (minha mais nova),além da mensagem da secretaria eletronica, enviamos por e-mail, uma foto dela( de ultrassom), dizendo que gostariamos que as visitas fossem feitas ainda no hospital e que,quando ela ficasse maiorzinha, iríamos convidá-los para irem em nossa casa.

Na realidade do 2o filho, visitas em casa foram somente para: os avós paternos e maternos e os padrinhos.

Pedi permissão aos autores Ma Alice e Esteban,para postar aqui no blog as sugestões deles sobre as visitas e uma plaquinha criativa que fizeram que foi compartilhado com toda a lista!.
Estou no aguardo do sim ou do não! (rsrsrsr).

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Doação de Leite Materno


Muitas mães, depois de alguns dias de seu bebê nascido, apresentam as mamas repletas de leite materno ,porque a natureza é sábia : produz em grande quantidade, porque desconhece ainda o quanto esse bebê vai mamar!

Então,o que fazer com esse leite todo, que nao é mamado pelo bebê e que muitas vezes é desprezado em pias de banheiro ou nas ordenhas?

Doá-lo!!!

Só que nós ,mães , desconhecemos o processo de doação..como fazer? para quem entregar?além de termos muitos questionamento do que será feito com o nosso leite: será que meu leite nao sera vendido? quem vai beber esse leite?

O leite materno não pode ser comercializado e os leites doados são encaminhados aos Bancos de Leite Humano e passam por processo rigoroso de pasteurização, para que possa ser encaminhado á bebês prematuros, sindromicos ,que não podem ser amamentados por suas mães(desde que haja do medico a justificativa para tal),...

Na minha cabeça, o ato de doar leite humano, significa possibilitar uma qualidade de vida ,mais sustentavel e amorosa a outros bebes, desconhecidos de nós, mas ligados em nós em cada gota sorvida!

É um ato fraterno,de valorização da vida, de fraternidade!

Muitas mães pensam que seus bebês ficarão privados do leite materno,porque estão doando( a quantidade de vai diminuir,mas isso é uma inverdade- no momento que o seu bebe suga, o leite ja começa a ser produzido; alías, a produção do leite materno ,lembra a lei da oferta e procura:A oferta aumenta a quantidade para que seja atendida toda a demanda. Então na amamentação é o mesmo: quanto mais se mama, mais leite se produz!

Deixo aqui o telefone dos Bombeiros Amigos, que buscam o leite materno na sua casa,além de darem toda a orientação sobre ordenha e armazenamento

0800268877

Além disso, deixo tb um link do site da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano da Fiocruz



Abraços lacteos!

sábado, 26 de setembro de 2009

Amamentaçao e uso de anticoncepcional


AMAMENTAÇÃO E USO DE ANTICONCEPCIONAL

Essa é uma preocupação muito grande entre nós, mulheres e mães ,que queremos continuar amamentando,porém, tomando precauções para evitar uma nova gravidez.


Embora ouçamos falar por aí,que mulheres engravidam enquanto amamentam, a amamentação também protege de uma nova gravidez ,através do método L.A.M ou método da amnorréia lactacional.


É um método contraceptivo que se baseia na infertilidade natural que ocorre após o parto quando a mulher não menstrua e está amamentando.
Com meu segundo filho, eu fiz o LAM e deu super certo!
Mas para que ele seja seguro há alguns pre requisitos:
*A criança deve ter idade inferior a seis meses
*A mãe não pode estar tendo sangramento vaginal
*A amamentação deve ser a unica fonte de alimentação para o recém-nascido( sem uso de chás, aguas,sucos ou outro alimentos).
*A criança deve ser amamentada pelo menos de quatro em quatro horas durante o dia e, pelo menos, a cada seis horas durante a noite. .

As mulheres que preencherem os critérios acima, tem no L.A.M ou Método de Amenorréia Lactacional 98% de eficácia durante os primeiros seis meses do pós-parto.

Caso a mãe não queira ou fique insegura em usar o L.A.M., ou não queira usar camisinha, sugiro o uso de pílula a base de progesterona , para evitar que hormonios femininos passem pelo leite materno, e também evitar que ocorra a dimunuição do leite materno!( As pílulas combinadas- com estrogenio e progesterona-podem fazer o leite secar)


Consulte seu ginecologista,antes de utilizar qualquer medicamento!

Mãe e Pai Canguru

Foto: Divulgação
Contato do colo materno contribui no desenvolvimento de prematuros

No aconchego do colo, os prematuros ganham, por dia, o dobro do peso obtido pelas crianças tratadas na incubadoraA figura da mãe canguru está se tornando comum nas maternidades brasileiras. Bebês prematuros desenvolvem-se mais rápido se trocam a incubadora pelo colo materno, quando apresentam certas condições clínicas de sobrevivência. Assim, eles se sentem aquecidos e crescem com mais segurança. Daí a expressão "mãe canguru". Os bebês prematuros vinculados ao colo de suas mães tendem a sofrer menos alterações nos batimentos cardíacos e nos níveis de oxigênio no sangue. Aquecidos pelo calor materno e embalados pelo pulsar do coração da mãe, os bebês cangurus não têm tanta dificuldade para respirar, o que é um dos maiores desafios de quem nasce antes do tempo. A respiração é muito mais tranquila e sem sobressaltos.Ainda no aconchego do colo, os prematuros ganham, em média, o dobro do peso obtido por dia pelas crianças tratadas na incubadora. Quando a mãe é canguru, o período de internação hospitalar chega a ser reduzido pela metade.Mas, essa não é uma tarefa simples para o hospital, que, para garantir essa assistência, precisa dispor de médicos em número suficiente para monitorar os bebês o tempo todo. Na maioria das maternidades públicas, incapazes de garantir tanta atenção, os médicos, por segurança, só colam a criança à mãe quando o bebê já respira sozinho, alimenta-se pela boca e pesa no mínimo 1,2 kg. A "mãe canguru", além de ser um gesto mais do que carinhoso, estabelece maior apego, segurança, incentivo ao aleitamento materno e melhor desenvolvimento da criança, evitando infecções hospitalares. Segundo a Dra. Nara Mattia, ginecologista e oncologista, "o método se desenvolve em três etapas: na primeira, os pais são estimulados pela equipe hospitalar a tocarem seu bebê que está dentro da incubadora”, conta. “Na segunda, é realizada uma avaliação das condições clínicas do bebê, principalmente em relação à respiração, para só assim os pais poderem fazer a posição ‘canguru’, em que o bebê fica apenas de fralda ‘amarrado’ no peito nu do pai ou da mãe".Essa decisão depende de uma série de circunstâncias, por exemplo, só quando o bebê está bem e estável, poderá ir ao alojamento conjunto, onde mãe e bebê permanecem 24 horas na posição “canguru”. O bebê não fica no berçário e é a mãe quem fará os cuidados, com supervisão da equipe do hospital. Já a terceira etapa consiste na alta hospitalar, mas não do método. Depois de orientada e segura para cuidar sozinha do filho em casa, a mãe recebe permissão para fazer a posição em casa."Bastam alguns dias para que mamãe canguru perca o temor de pegar, mexer e cuidar do bebê. A segurança não é apenas psicológica. Longe de suas crianças, as mulheres que deram à luz precocemente têm dificuldade para manter a produção de leite. O contato físico constante com o bebê faz com que o cérebro da mãe estimule a glândula hipófise a produzir o hormônio responsável pelo controle da liberação de leite", explica Dra. Nara.Se o leite materno é essencial para a boa saúde de todas as crianças, o benefício para os prematuros não tem preço. Com o sistema imunológico ainda imaturo, o organismo deles não está preparado para combater as bactérias. A mãe, que já possui anticorpos contra esses germes, pode imunizar o filho através do leite.No Brasil, diversas maternidades brasileiras já adotaram o método canguru e estão treinadas para atender nesse sistema. O método é eficiente, barato, diminui o tempo de internação e aumenta o vínculo entre mãe e filho. Os benefícios são tão evidentes que o Ministério da Saúde criou um projeto de incentivo ao método “canguru” em todos os hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde, o SUS. Os custos de um dia de incubadora beiram R$100 reais. Com o recém-nascido grudado à mãe, não chegam a 20% deste valor. "Assim, todos saem ganhando: maternidades, as mães e principalmente os bebês", comemora a médica.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Chupetas



FERNANDA BASSETTE(DA REPORTAGEM LOCAL) /FOLHA DE SÃO PAULO 04/08/09


O tempo médio de aleitamento materno exclusivo no Brasil passou de 23,4 dias para 54,1 dias em nove anos, aponta a 2ª Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras realizada pelo Ministério da Saúde e divulgada ontem durante a Semana Mundial de Amamentação.
O aleitamento não exclusivo também subiu, de 296 dias para 342 dias entre 1999 e 2008.
Apesar dos avanços, o país ainda está longe de atingir os indicadores adequados. A Organização Mundial da Saúde preconiza o aleitamento exclusivo até os seis meses de vida (180 dias) e o aleitamento parcial até os dois anos (730 dias).
A pesquisa foi realizada com entrevistas a mães nas capitais e mais 239 municípios em outubro de 2008, durante a Campanha Nacional de Vacinação. Os resultados consideram dados de cerca de 118 mil bebês.
O levantamento também registrou uma redução de 15% no uso da chupeta em crianças com menos de um ano, passando de 57,7% para 42,6%.
Além disso, pela primeira vez a pesquisa avaliou o uso da mamadeira -adotada por 58,4% das crianças. A maior frequência foi no Sudeste (63,8%) e a menor, no Norte (50%).

Aleitamento e chupeta
A pesquisa comprovou a relação entre chupeta e tempo de amamentação. Estados com índices maiores de aleitamento têm uso menor do acessório.
O Ministério da Saúde desestimula o uso da chupeta e da mamadeira e recomenda a opção por copo após os seis meses para não interferir na sucção.
Macapá possui a maior duração do aleitamento parcial (601,36 dias). E é a capital com menor percentual de bebês usando chupeta: apenas 19,8%.
São Paulo tem o menor tempo médio de amamentação parcial (292,82 dias), e 51,2% dos bebês usam chupeta. Porto Alegre está logo atrás no quesito amamentação parcial (299,82 dias) e ocupa o topo do ranking do acessório (59,5%).
A pediatra Elsa Giugliani, coordenadora da área técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, comemora os resultados, mas reconhece que há muito a fazer para que o Brasil alcance o padrão estabelecido para a amamentação.
Segundo Giugliani, a OMS considera "bom" o indicador de um país que tenha ao menos 80% das crianças com menos de seis meses em amamentação exclusiva -o Brasil tem 41% dos bebês nessas condições.
Com relação ao uso da chupeta, Giugliani afirma que a redução é um avanço. "Nascem quase três milhões de bebês por ano. Quase 400 mil deixaram de usar a chupeta."
Para a pediatra, a estratégia do Ministério da Saúde para aumentar o tempo de amamentação é investir na implantação total da Rede Amamenta Brasil, criada no ano passado e que tem como objetivo capacitar profissionais para auxiliar as mães durante o aleitamento. "Faltava uma política de aleitamento nas unidades básicas de saúde, onde efetivamente as mães são acompanhadas."
Roseli Sarni, pediatra, nutróloga e presidente do Departamento de Nutrição da Sociedade Brasileira de Pediatria, considera os dados animadores, mesmo longe das metas.
"Todo dado positivo sobre aleitamento é recebido com bons olhos. O desafio é descobrir por que as mães deixam de amamentar tão cedo e conscientizá-las", diz.
A enfermeira Maria Fernanda Dornaus, coordenadora de enfermagem da Unidade Neonatal do hospital Albert Einstein, concorda que o apoio às mães nos primeiros dias de amamentação é fundamental para melhorar os índices.
"A mãe precisa saber que o leite materno é fundamental para o desenvolvimento e crescimento da criança e que ele tem fatores imunológicos que protegem o bebê. Ela também precisa aprender como é feita a pega e a sucção. E os profissionais de saúde têm essa função."

terça-feira, 25 de agosto de 2009

GRIPE A e AMAMENTAÇÃO





Mesmo quem está infectada pelo vírus A(H1N1) pode amamentar seus filhos

O vírus A(H1N1) se transmite de pessoa a pessoa de forma muito similar ao vírus da gripe comum. Sendo assim, mães que estejam amamentando devem lavar as mãos com frequência, não tossir nem espirrar sobre o bebê. Por ser um novo vírus, não se sabe exatamente quanto o aleitamento materno pode proteger o recém-nascido.

No entanto, bebês não amamentados no seio adoecem com mais frequência e gravidade. De uma maneira geral, o leite humano é de fácil digestão, fornece proteção contra diarreia e infecções urinárias e respiratórias. As mães produzem anticorpos para combater as infecções com as quais entram em contato e os compartilham com os filhos pelo aleitamento. Por isso o leite humano é muito importante para os bebês pequenos, cujo sistema imunitário ainda não está completamente desenvolvido.

O aleitamento materno também ajuda o bebê a criar a própria capacidade para combater as infecções. Além disso, a amamentação é uma forma eficaz de fortalecer o relacionamento afetivo entre mãe e filho. Lembre-se de que é recomendável que todos os bebês menores de 6 meses sejam alimentados exclusivamente com leite humano. Não deixe de amamentar seu filho.

Segundo a organização internacional Centers for Disease Control and Prevention, mesmo que você esteja gripada poderá amamentar. Se não conseguir amamentar diretamente, colete seu leite e dê ao bebê em um copinho. As mães devem continuar amamentando, mesmo enquanto recebem tratamento. Se o recém-nascido também estiver gripado, ele pode ser igualmente amamentado. Essa é uma das melhores coisas que você pode fazer por seu filho.


*Pesquisador da Fiocruz e membro da equipe do banco de leite humano do Instituto Fernandes Figueira




Autor: Franz Reis Novak * no Estadão - São Paulo, SP, Brasil
Data: 28/7/2009

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Dar de mamar na hora da vacinação diminui a dor do bebê



A pesquisa foi realizada por professores de enfermagem da Jordânia.
Ser amamentado durante o momento da aplicação da vacina pode diminuir a dor em bebês.
Esta é a conclusão de pesquisa realizada por professores de enfermagem da Faculty of Nursing da Philadelphia University, na Jordânia.
O objetivo do trabalho foi identificar se, durante a amamentação, haveria diminuição ou não da dor causada pela injeção da aplicação da vacina em bebês saudáveis, com até um ano de idade e que estivessem recebendo regularmente aleitamento no peito. De acordo com artigo publicado no International Journal of Nursing Practice de abril de 2009, o estudo foi feito em dois centros de saúde materno-infantil na Jordânia, nos quais os lactentes foram divididos em dois grupos de 60 crianças cada.
“Um se constituiu no grupo intervenção: as mães foram levadas a uma sala privada, ficaram sentadas e reclinadas sobre uma cadeira confortável com seus filhos acordados em seus braços, sem roupas e com fraldas limpas. Além disso, elas embalaram suas crianças durante a amamentação para manter um contato corporal pele a pele pleno durante as injeções de imunização”, explicam Aida Abdel Razek e colegas no texto.
Já o segundo grupo foi utilizado como controle: as crianças foram observadas durante a imunização de rotina nos centros de saúde materno-infantil, sem qualquer intervenção.
“Em ambos os grupos, as respostas à dor das crianças durante e após a imunização foram avaliadas através da Facial Pain Rating Scale e NIPS (Neonatal/Infant Pain Scale), antes, durante e após o procedimento.
Também foram calculadas as freqüências cardíacas e a duração do choro”, explicam os autores.
Os resultados da pesquisa revelaram que a duração do choro foi menor no grupo intervenção (amamentado) do que no grupo controle, com uma diferença estatisticamente significativa na duração do choro durante e após a imunização.

FONTE:
Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)

sábado, 18 de julho de 2009

Como o leite materno é produzido? ( Vídeo)

Eis aqui uma visualizaçao de como acontece a produção do leite materno!
Fonte:

http://oglobo.globo.com/servicos/pop_infografico.asp?p=/saude/vivermelhor/info/amamentacao/amamentacao.swf&l=620&a=500

terça-feira, 30 de junho de 2009

Vantagens da Amamentação até 2 anos ou mais


Esse é assunto que dá pano pra manga, gera dúvidas ,existe discriminações e infelizmente pocuo pesquisado.
Já sabemos dos beneficios da amamentação até os 6 meses; mas,sempre ouço de mães a dúvida: e após o 6o mes? o leite ainda é bom, necessário,importante?
Penso que, se a amamentação está sendo prazeiroza pra mae e bebe, ela deve continuar até quando a dupla assim o desejar!
Sempre devolvo a pergunto para as mães:
Por que o leite de uma vaca ou de uma cabra ,nutre o filho dela até quando ele quiser , e nós, que também somos mamíferas, temos tantas duvidas em relação a qualidade do nosso ,até os 2 anos ou mais, segundo preconiza a Organização Mundial da Saúde?
Não há leite melhor do que o leite de sua mãe, seja ela cabra,vaca ou mulher!!!
O leite da vaca é bom pro bezerro, o da cabra pro cabrito e o humano para outro humano, independente do tempo que é amamentado!
É uma lenda que, após o 6 o mês, o leite perca seu valor, até porque, ele não perde, é que há outras necessidades para o bom desenvolvimento do bebê, e, as novas comidinhas, são complemento do peito !

Porém, vamos lá, temos inúmeras vantagens nutricionais e emocionais!
Vou colocar apenas algumas delas....
Sabemos que há um melhor desenvolvimento mental, comportamental,neuromotor e de linguagem(baseando-se nos componentes nutricionais e no valor afetivo da relação mãe-filho durante a amamentação)., ou seja bebes que mamam mais são mais felizes, mais inteligentes ,mais saudaveis, menos propensos a desenvolverem problemas de fala e linguagem !
Sem falar no valor emocional, no aconchego, no vínculo que vai sendo estreitado a cada ida ao peito...uma ligação emocional forte, duradoura, envolvendo mae e filho e sabemos inclusive que, para o resto da vida, a força e a qualidade deste vinculo, influenciarão a qualidade de todos os futuros vinculos que ocorrerao entre a criança e outras pessoas!
...e complemento com Kelly Bonyata :

"No 2o ano de vida o leite materno é muito parecido com o leite do 1o ano de vida...
eis aqui uma pesquisa de Kely Bonyatta:

Amamentar crianças maiores têm benefício nutricional
Pesquisas mostram que o leite materno durante o segundo ano de vida da criança é muito parecido com o leite no primeiro ano (Victora, 1984). No segundo ano de vida, 500ml de leite materno proporciona à criança:
95% do total de vitamina C necessário
45% do total de vitamina A necessária
38% do total de proteína necessária
31% de caloria do total necessária (UNICEF/Wellstart: Promoting
Breastfeeding in Health Facilities: A short course for Administrators and
Policy Makers; WHO/CDR 93.4)

Leite materno permanece sendo um fonte importante de proteina, gordura, cálcio e vitaminas mesmo após os dois anos de vida (Jelliffe and Jelliffe,1978)

Alguns médicos podem pensar que a amamentação vai interferir em relação ao apetite da criança para outros alimentos. Contudo não existem pesquisas indicando que a criança amamentada têm maior tendência a recusar outros alimentos que a criança que já desmamou.

Na verdade, a maioria dos pesquisadores em países subdesenvolvidos, onde o apetite de uma criança desnutrida pode ser de importância vital, recomendam que a amamentação continue para crianças com desnutrição severa (Briend et al, 1988; Rhode, 1988; Shattock and Stephens, 1975; Whitehead, 1985).

Crianças maiores que ainda amamentam adoecem menos

Os fatores de imunidade do leite materno aumentam em concentração, à medida que o bebê cresce e mama menos. Portanto, crianças maiores continuam recebendo os benefícios da imunidade (Goldman et al, 1983).

Um estudo de Bangladesh demonstra, dramaticamente, os efeitos que essa imunidade pode ter. Nessas péssimas condições de vida, descobriu-se que crianças desmamadas entre o 18º e 36º mês de vida dobraram os riscos de morte (Briend et al, 1988). Este efeito foi atribuído especialmente aos fatores de imunidade, apesar de que, provavelmente a nutrição também foi muito importante.

Claro que, em países desenvolvidos o desmame não é uma questão de vida ou morte, mas a amamentação por mais tempo pode significar menos idas ao pediatra. Crianças entre 16 e 30 meses, que ainda são amamentadas, adoecem menos e por menos tempo que as que não são (Gulick, 1986)

Crianças amamentadas têm menos alergias

Está bem documentado que quanto mais tarde se introduz leite de vaca e outros alimentos alergênicos, menos provavelmente essas crianças vão apresentar reações alérgicas (Savilahti, 1987).

Crianças amamentadas são mais espertas

Crianças que foram amamentadas têm melhor performance na escola e maiores notas (Horwood and Fergusson, 1998). Os autores desse estudo, que acompanhou crianças até os 18 anos descobriram que quanto mais tempo as crianças são amamentadas, maiores as notas que recebem nas avaliações.

Crianças amamentadas são mais ajustadas socialmente

Um estudo com bebês amamentados por mais de um ano mostrou uma ligação significante entre a duração do período de amamentação o ajustamento social em crianças de 6 a 8 anos de idade. (Ferguson et al, 1987). Nas palavras dos pesquisadores: "Existem tendências estatísticamente significantes para que a desordem na conduta diminua com o aumento da duração da amamentação". Mamar durante a infância ajuda bebês e crianças a fazer uma transição gradual. Amamentação é um amororso jeito de atender as necessidades dasa crianças e bebês. Ajuda a superar as frustrações, quedas e machucões e o stress diario da infância.

Atender as necessidades de dependência da criança, de acordo com o tempo único da criança é a chave para ajudar a criança a alcançar sua independência. Crianças que conquistam sua independência em seu próprio ritmo são mais seguras dessa independência que as crianças dorçadas a isso prematuramente.

Amamentar crianças maiores é normal

A "American Academy of Pediatrics" recomenda que as crianças sejam amamentadas por ao menos todo o primeiro ano de vida, e por mais tempo se a mãe e o bebê quiserem (AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS Policy Statement, 1997). A Organização Mundial de Saúde reforça a importância de amamentar até os dois anos de vida ou mais (Innocenti Declaration, 1990). A média de idade de desmame, em todo o mundo é de 4.2 anos. (Davidowitz, 1992)

Mães que amamentam por mais tempo também são beneficiadas

a) A amamentação prolongada pode diminuir a fertilidade e suprimir a ovulação em algumas mulheres
b) A amamentação reduz o risco de câncer de ovário (Schneider, 1987)
c) A amamentação reduz o risco de câncer de útero (Brock, 1989)
d) A amamentação reduz o risco de câncer de câncer de endométrio (Petterson, 1986)
e) A amamentação protege contra osteoporose. Durante a amamentação a mulher experimenta uma diminuição na densidade óssea. A densidade óssea de uma mãe que está amamentando pode ser reduzida, em geral em 1 a 2%. No entanto, a mãe tem essa densidade de volta e pode até ter um aumento, quando o bebê é desmamado. Isso Não depende de um suplemento adicional na
alimentação da mãe. (Blaauw, 1994)
f) A amamentação reduz o risco de câncer de mama (McTieman, 1986; Layde, 1989; Newcomb, 1994; Freudenheim, 1994).
g) A amamentação tem demonstrado diminuir a necessidade de insulina da mãe diabética (Davies HA, British Med J, 1989). "

Por Kelly Bonyata
08 de Fevereiro de 2005

Referências:
ASK THE LACTATION CONSULTANT: Is There Any Value In Breastfeeding Past One Year? by Debbi Donovan, IBCLC

Extended Breastfeeding and the Law By Elizabeth N. Baldwin, Esq.

Nursing Beyond One Year by Sally Kneidel, NEW BEGINNINGS, Vol. 6 No. 4, July-August 1990, pp. 99-103.

Ahn, C H and MacLean, W C. Growth of the exclusively breastfed infant. Am J Clin Nutr 1980; 33:183-92.

AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS Policy Statement: Breastfeeding and the Use of Human Milk (RE9729), Pediatrics, Volume 100, Number 6, December 1997, pp 1035-1039.

Blaauw, R. et al. Risk factors for development of osteoporosis in a South African population. SAMJ 1994; 84:328-32

Briend, A. et al. Breast feeding, nutritional state, and child survival in rural Bangladesh. Br Med J 1988; 296:879-82.

Brock KE, Med J Australia, 1989

Davies HA, British Med J, 1989

Ferguson, D. M. et al. Breastfeeding and subsequent social adjustment in six- to eight-year-old children. J Child Psychol Psychiatr Allied Discip 1987; 28:378-86.

Freudenheim J, Epidemiology, 1994

Goldman, A. S. et al. Immunologic components in human milk during the second year of lactation. Acta F'aediatr Scand 1983;722:133-34.

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SIM, O COLOSTRO É BOM!


Informe Especial do boletim da LLL(Maceió)maio-junho de 2009

Muitas pessoas acham que o colostro, esse primeiro leite que a mãe produz quando seu filho nasce, é inadequado para o bebê. Existe a crença de que faz mal, que não alimenta e até que traz prejuízo ao bebê; que é um “líquido” que se deve desprezar.
Nada mais distante da realidade. O colostro contém células vivas, o que o faz muito parecido em sua composição, ao sangue. Por exemplo, contém linfócitos que protegem o bebê contra muitas bactérias e vírus.
É rico em imunoglobulinas: cada litro de colostro contém 12g de Ig A, que protege o bebê especialmente de problemas intestinais e que à medida que ele cresce, vai diminuindo em quantidade.
Lactoferrina, que tem a capacidade de destruir as bactérias, lacto-albumina, lisozimas, carboidratos, lipídeos, nucleotídeos, fatores de crescimento, vitaminas, minerais e outros componentes, somam mais de 60, dos quais 30 são encontrados apenas no leite materno. Interrelacionam-se uns com os outros para ajudar ao bebê a se fortalecer e a responder às agressões do meio ambiente. Por isso, nos primeiros dias:

•Amamente com freqüência e o mais breve possível após o nascimento do bebê.

•Se não for possível amamentar nas primeiras horas, extráia com a mão ou com uma bomba umas gotas de colostro até que o bebê possa mamar por si mesmo.

•Tome líquido suficiente, o que for necessário para matar a sede. Coma alimentos nutritivos.

•Durma ao menos uma sesta durante o dia.

•Deixe que o bebê mame quando deseje, sem impor um horário. Os bebês mamam quando necessitam. Se o bebê mama quando deseja, recebe o colostro, esse primeiro leite com muita proteína, e pouca gordura e carboidratos. É tudo o que ele necessita durante os primeiros dias.

•Não se assuste se sentir que tem pouco colostro. É o normal. O colostro é produzido em pequeníssimas quantidades, entre uma ou quase três colherinhas por dia. Essa quantidade de colostro é tudo o que o bebê precisa.

•Pôr o bebê no mesmo quarto da mãe, desde o hospital, permite que ela perceba com rapidez seus sinais de fome sem deixá-lo chorar.

•Muitos bebês recém-nascidos pedem para mamar com freqüência, e demoram muito pouco na mama. Poderíamos dizer que, quando o bebê recebe o colostro, está treinando para a sucção mais adiante e está avisando à mamãe de suas necessidades de alimento.

•Fique rodeada de pessoas que a apóiem e a animem. A melhor ajuda que você pode encontrar é para ajudá-la com o trabalho de casa e a atenção dos demais membros da família. As visitas nos primeiros dias podem ser sufocantes para muitas mães. Limitá-las por uns dias, convêm ao descanso da mãe e propicia o conhecimento da nova dupla.

Lars Hanson, MD, Ph.D., Imunologia do Leite Humano: como a amamentação protege o bebê.
Texas, Estados Unidos.
Nuevo Comienzo, Janeiro – Março/2007.
Tradução: Pajuçara Marroquim

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Chupar dedo, Amamentação difícil e outras reflexões




Uma preocupação enorme dos pais é sobre o hábito dos lactentes de chuparem seus dedos e tudo que encontram pela frente.
Geralmente chegam a conclusão precipitada que os bebês estão com fome, que a amamentação não os satisfazem. O lactente apresenta uma sucção reflexa ("automática") como resposta a qualquer objeto que lhe toque os lábios. Este reflexo de sucção aparece no feto na 32ª semana de gestação, sendo comum flagrarmos alguns bebês sugando seus dedos intra-útero.
As crianças (até em torno dos 18 meses) estão na fase psico-sexual-oral, isto é, na etapa do desenvolvimento da libido, chamada oral, e sentem muito prazer em sugar ! O fato de sentirem-se bem sugando, "experimentando" o mundo é uma das primeiras manifestações de nossa sexualidade.
Eles se bem cuidados, assistidos, atendidos, carregados no colo, evoluirão naturalmente para outras etapas da sexualidade humana: a anal (em torno dos 2 anos), a genital (em torno dos 3 anos), a edipiana (4 – 6 anos) de latência (na fase pré-puberal)... até o padrão adulto.

Deixe-o sentir conforto, segurança, prazer ao descobrir e sentir o mundo com sua boca... Chupar os dedos dele ou os seu (dedo mínimo com a unha voltada para baixo, para sua língua) alivia a dor (ação analgésica da sucção não-nutritiva), o tranqüiliza, o faz relaxar e sentir-se seguro, protegido...
Para alguns bebês, a necessidade e o prazer de sugar são maiores do que para outros... Se o ambiente está tenso o bebê pode ficar aflito e ter maior necessidade de sucção não-nutritiva. Este é o têrmo técnico que utilizamos. Há sucção não-nutritiva até no peito, o bebê faz um movimento de chupar sem retirar leite, é uma sugada mais rápida (2-3 sucções por segundo) do que a sucção nutritiva (1 sucção por segundo) que o alimenta....
"A imensa afetividade dos mamíferos inicia-se do modo mais doce e adorável, quando crianças que saem imaturas do ventre das mães necessitam da proteção e calor dessas mães peludas nos seios das quais se aleitam."(Edgard Morin – Amor Poesia Sabedoria)

Logo de início quero deixar bem claro que não estou dizendo que "quem não amamenta não ama". A maioria das mulheres não tiveram acesso a informação, esclarecimento, apoio, e foram bombardeadas pelo marketing das mamadeiras, chupetas, fórmulas infantis desde sua infância ou tiveram profissionais e serviços de saúde que não facilitaram este delicado início... dificultando o estabelecimento do aleitamento materno.
Na atualidade, sabemos que a amamentação não é um ato instintivo, ainda que natural, e sim uma cultura que precisa ser recuperada e que é necessária um conjunto de habilidades, de informações, de técnicas para o êxito da alimentação ao seio.
Quero refletir sobre um pequeno conjunto de mulheres que tem acesso a informações, são apoiadas, orientadas, incentivadas e mesmo assim não conseguem, não querem (embora esta decisão seja difícil de ser assumida por ser politicamente incorreta). Na verdade, algumas mães podem não estar disponíveis emocionalmente para esta ato tão íntimo, que faz parte da sexualidade humana...

Como estes casos de desmame precoce aparecem no nosso cotidiano ?

"o bebê não pega no peito, não quer mamar"; "o peito rachou, dói muito"; "o bebê chora muito – eu não tenho leite"; "dou o peito toda hora e ele não ganha peso"; "o peito empedrou, tive uma mastite e o médico pediu para parar";  "não como adequadamente e o meu leite é fraco"; "o meus seios são meus órgãos sexuais e não quero que eles caiam"; ...
Sabemos pela psico-fisiologia da lactação que a amamentação é um ato psicossomático complexo, que o leite é produzido no peito e na cabeça.
Que para amamentar com prazer há que se ter tranqüilidade, disponibilidade física, temporal, emocional-afetiva, a generosidade de compartir seu corpo, seu colo com o outro, querer dar, poder trocar, estabelecer uma relação muito próxima, profunda, de entrega...
A intenção não é a de colocar "culpa" ou melhor responsabilidade sobre a mulher que não tem paciência ou disposição... O que é necessário é entendermos as origens deste fenômeno que são profundas e podem começar em como esta nutriz atual foi concebida por sua mãe, amamentada ou não, carregada no colo ou não, sua trajetória afetiva familiar e seus relacionamentos conjugal, sexual, sua maneira de conviver com amigo(a)s, sua solidão...
Neste caso parece ser mais fácil utilizar-se da mamadeira porque não é preciso romper com as dificuldades até então guardadas e escondidas no íntimo mais profundo. A mulher que não entende que para mudar precisa romper com as dificuldades e que decidir ter um filho é antes de mais nada, se preparar para mudanças. Ao dar a mamadeira a mulher não sai comprometida a transformar-se, a procurar as causas mais superficiais (erros de técnica, crenças e tabus, desconhecimento do seu próprio corpo e de como o leite é produzido e ejetado/liberado) e os determinantes mais profundos (psíquicos, anímicos, espirituais, energéticos...) desta impossibilidade.
Amamentar é desejo, vontade, entrega, doação, troca, prazer com o outro.... Como pode uma mulher se entregar a um filho se não consegue se entregar a si mesma ? Talvez esteja aí a chave para ajudarmos tantas mulheres a recuperarem a sua auto-estima e confiança em si próprias e aí sim, teremos mulheres prontas para a vida de mãe no sentido completo que esta simples palavra expressa.
As várias formas de amar são, na verdade, integradas, já que os mesmos hormônios estão envolvidos e os mesmos padrões de comportamento ocorrem durante a relação sexual, o parto e amamentação."

Michel Odent

                 "O vínculo entre mãe e bebê é o protótipo de todas as formas de amor."
O leite é mais produzido "na cabeça", na nossa psiqué, resultado de nossa emoções de querer ou não, do que nas mamas.Um exemplo que comprova esta afirmação: mães que adotam bebês sem terem estado grávidas, podem amamentar se estão disponíveis, se querem... Nós profissionais de saúde podemos apoiá-las com algumas técnicas, com algumas medicações, mas são elas e o seu desejo, o determinante do sucesso.
A OCITOCINA produzida pela neuro-hipófise é o hormônio do amor, do prazer,das liberações/ejeções, da doação, da entrega...
A PROLACTINA secretada pela adeno-hipófise é o hormônio da maternagem...Antigo na escala evolutiva, servindo a múltiplos papéis...
Mediando o cuidado com a prole, desde a construção do ninho, por ex. , até o comportamento agressivo defensivo, típico das nutrizes.
Quando uma mãe não quer ou está em um momento emocional que não pode, não há técnica, medicamentos, apoio, aconselhamentos que a remova da decisão. Para amamentar tem que querer poder e estar aberta a mudanças. E muitas vezes estes sinais de não disponibilidade já foram dados durante o pré-natal: sua visão das mamas como objeto sexual exclusivo, achar bonito o uso de mamadeiras e chupetas, não querer se preparar para o parto e amamentação em cursos de gestantes...
Há que se ter paciência e propor, sugerir, tentar não impor... e se mesmo assim a decisão é inflexível em não dar o peito, é melhor realmente não ofertá-lo. Uma última tentativa, que o complemento então, seja dado no copinho, ou na xícara para que a disfunção motora-oral ("confusão de bicos") não se estabeleça e que este bebe possa ter contato pelo menos com os seios para satisfação do seu prazer oral em sugar.
autor: Dr. Marcus Renato
Publicado no www.aleitamento.com em 26/3/2003

terça-feira, 26 de maio de 2009

A amamentação deve continuar no surto de gripe A

Artigos GRIPE SUÍNA (Influenza A): AMAMENTAÇÃO PROTEGE os LACTENTES


A amamentação deve continuar no surto de gripe A


Como a preocupação global com a gripe suína está aumentando, a Associação Internacional de Consultores em Aleitamento (ILCA) insta mães, trabalhadores de saúde e comunidade em geral para promover, apoiar e proteger a amamentação.

O aleitamento materno fornece aos lactentes anticorpos maternos que podem ajudá-los a combater doenças e se protegerem de viroses.

O ILCA apóia as recomendações do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), "Guia Médico - A mulher grávida e a gripe suína: Considerações para clínicos, que aconselham as mães em aleitamento materno, continuar a amamentação mesmo que estejam tomando medicações antivirais, quando indicado.

A guia do CDC está disponível em http://www.cdc.gov/swineflu/clinician_pregnant.htm
recomenda que mães que amamentam e fiquem doentes com a gripe, tomem medidas para minimizar a exposição do bebê, incluindo a lavagem das mãos e cubram a boca/nariz com uma máscara.

O CDC também relata que se desconhece o risco de transmissão da gripe suína da mãe para o bebê através do leite materno.

De acordo com Jim Smith, presidente da ILCA, muitos médicos especialistas acreditam que, quando os sintomas da gripe se manifestam na mãe, seu bebê já tenha sido exposto. Fornecer anticorpos humanos e de outros fatores protetores através da amamentação ajuda a proteger o bebê. Além disso, verifica-se que a fórmula infantil (leite em pó), aumenta o risco de diarréia e infecções nos lactentes.

Embora não haja vacina específica contra a gripe suína, a vacina contra a gripe influenza é segura e recomendada para as nutrizes – mães que estão amamentando.
"Nós pedimos que as famílias e prestadores de cuidados de saúde ajudem a promover, proteger e apoiar a amamentação durante este e outros momentos de emergência", disse Smith.

"Novas mães necessitam de informações precisas e apoio para continuar a fornecer os seus filhos a melhor proteção de todas o LEITE MATERNO."

Autor: ILCA - Tradução de Marcus Renato de Carvalho


Publicado originalmente no www.aleitamento.com em 2/5/2009

quarta-feira, 20 de maio de 2009

AMAMENTAÇÃO E GRIPE SUÍNA


Amamentação Recomendada para Proteger Bebês durante Surto de Gripe Suína(8 de Maio de 2009) pelo United States Breastfeeding Committee

(HealthNewsDigest.com) – Washington, DC
 Enquanto o país monitora o aumento do surto de “gripe suína,” o United States Breastfeeding Committee (USBC) recomenda o aleitamento materno como estratégia importante para evitar infecção.
O Centers for Disease Control and Prevention (CDC) distribuiu orientações atualizadas hoje sobre considerações da gripe suína ( H1N1), relativas à gestação e ao aleitamento materno, dizendo: ”Os bebês não amamentados estão especialmente vulneráveis a infecções e hospitalização por doença respiratória severa. Mulheres que dão bebês à luz devem ser estimuladas a iniciar cedo o aleitamento e a alimentar os filhos com frequência.”
Especialistas médicos concordam com o U.S. Department of Health and Human Services, que recomenda o aleitamento exclusivo por seis meses e sua manutenção durante o primeiro ano de vida e além. A presidente do USBC, Joan Younger Meek, MD MS, RD, FAAP, FABM, IBCLC, afirma a importância da amamentação em situações de emergência: “Pesquisas mostram, sem dúvida, que a amamentação é uma fonte segura e confiável de alimento, com uma infinidade de células e anticorpos que combatem totalmente as doenças, ajudando a proteger os bebês contra germes e enfermidades. Mães expostas à gripe produzem proteção específica aos filhos, transmitindo-as aos bebês através de seu leite. As fórmulas preparadas não oferecem essas propriedades específicas de combate a infecções. A suplementação desnecessária com fórmula deve ser eliminada, para que o bebê possa receber o máximo possível de anticorpos protetores maternos e outros fatores protetores imunológicos.”
As mulheres podem continuar a amamentar enquanto recebem medicamentos antivirais. A orientação do CDC recomenda que, se a mulher adoecer, deverá manter o aleitamento e aumentar a frequência das mamadas. Se a mãe ou o bebê estiver tão doente a ponto de ter dificuldades para alimentar ou ser alimentado diretamente no seio, ela deve ser estimulada a retirar o leite com a bombinha para dá-lo à criança. Em algumas situações, os bebês podem conseguir usar leite humano doado de bancos de leite certificados pela Human Milk Banking Association of North America.
O CDC informa que o risco de a gripe H1N1 (suína) ser transmitida pelo leite materno ainda é desconhecido e que relatos de gripes sasonais transmitidas através dele são raros. Além disso, quando a mãe começa a mostrar sintomas de gripe, o bebê está também exposto a eles. O leite da mãe pode oferecer proteção adicional ao bebê contra complicações da gripe, como sintomas respiratórios severos, diarreia, outras infecções gastrointestinais e desidratação.
Além de manter o aleitamento materno, pais e cuidadores ajudam a proteger o bebê contra disseminação de germes, quando:
-Adultos e bebês tiverem as mãos lavadas, com freqüência, com sabão e água, em especial, após os bebês colocarem as mãos na boca.
-Mães e bebês forem mantidos próximos o mais possível e encorajados, bem cedo e com frequência, a terem contato pela pele.
-Houver limites de partihamento de brinquedos e outros itens que tenham passado pela boca do bebê, com a lavagem completa das mãos, usando sabão e água, e dos objetos. Chupetas (inclusive o prendedor da chupeta e a alça) e outros itens forem mantidos afastados da boca dos adultos ou de outros bebês antes de serem dados ao seu bebê .Tiverem nariz e boca cobertos ao tossir ou espirrar.

Mais informações sobre a gripe suína podem ser obtidas no site do CDC (H1N1 Flu Web site).

United States Breastfeeding Committee (USBC) – Comitê de Aleitamento Materno dos Estados Unidos
O United States Breastfeeding Committee (USBC) é uma coalisão independente e sem fins lucrativos de 41 organizações profissionais, educacionais e governamentais influentes, Representando mais de meio milhão de profissionais preocupados e famílias atendidas, o USBC e as organizações filiadas têm a mesma missão de melhorar a saúde do país através do trabalho conjunto de proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno. Mais informações sobre esse centro podem ser obtidas em www.usbreastfeeding.org.

www.HealthNewsDigest.com     (tradução Regina Garcez )

Veja também: http://blogdaamamentacao.blogspot.com.br/2009/05/amamentacao-deve-continuar-no-surto-de.html

AMAMENTAR


Amamentar
arte de amar
de dar, receber
se entregar
Ato de Trocar
carinho e energias
desafio difícil,
perseverança,
luta
Cansaço Sugado
Recompensado a todo instante
por descobertas
Puras, Únicas
Entrega de conflitantes emoções
Amamentar
dependência física, emocional
Positiva
que alimenta
e
faz crescer
O Corpo e a Mente


(Cláudia Pires Lessa)

domingo, 26 de abril de 2009

Preparo das Mamas para Amamentar


PRECISO PREPARAR O PEITO PARA AMAMENTAR?

Há muitas gestantes que se preocupam em preparar o peito e o bico do peito para amamentar , por terem ouvido falar das fissuras / rachaduras que podem ocorrer na amamentação , ou  terem escutado comentários de que bicos pequeno ou invertido não conseguem alimentar os bebês.
Algumas recebem orientações para fazerem esfregaços com bucha vegetal ou toalha, usar loções ou cremes, passar escovas de dentes,álcool ,exercicios nos bicos dos peitos para faze-los protruir ainda na gestação... acreditando que, com isso a pele do peito ficará fortalecida, evitando o surgimento de fissuras/ rachaduras nas mamas.
Vamos desmistificar isso tudo e aprender a evitar esses problemas?
A amamentação não depende exclusivamente da preparação dos peitos, até porque, a própria gravidez, vai preparando as mamas para esse momento, através da ação dos hormônios.
Na aréola ( a parte escura e redonda da mama), há umas protuberâncias pequeninas, chamadas “Glândulas de Montgomery”, que têm a função de secretar uma oleosidade natural, que lubrifica a pele e inibe o desenvolvimento de bactérias,além de amenizar o atrito entre a boca do bebê e a aréola, portanto, o uso de óleos,pomadas,loções, cremes na aréola, é desnecessário por conta da própria natureza estar agindo a favor da mãe!.
Óbvio que sempre fica á critério da mãe usar ou não qualquer produto,porém, aqui cabe esclarecer que é desnecessário passar quaisquer produto nas mamas! Eles podem inclusive, retirar a oleosidade natural ,irritar e ressecar a pele da aréola.
Em relação aos esfregaços(seja com o que for: toalhas, buchas,pedra-pome,esponja,etc..),podem predispor a aréola a dor e lacerações, tornando-a ate mesmo mais fina, delicada e sensível.Vale lembrar que.além de ser também desnecessário, não ha nenhum dado científico ,demonstrando que a aréola se torna “calejada” para suportar a sucção do bebê com esse procedimento,evitando as fissuras !
Na minha experiência,observo que  mães que "prepararam o peito e mães que não "prepararam" o peito podem ter fissuras,mostrando que a questão aí passa longe de "preparar" as mamas!

Como evitar(prevenir) as temíveis fissuras/rachaduras nas mamas?
* Tomar banho com sabonete,lavando as mamas naturalmente .
* Tomar banhos de sol nas mamas no período da manhã ou no final da tarde
Obs: As mães que possuem as mamas muito sensíveis, podem ,após o banho ,secar a região da aréola de forma mais vigorosa, com o objetivo de ir dessensibilizando essa área para ,quando for amamentar, não ter tanta sensibilidade.
*Na maioria dos casos, posturar o bebê de forma eficaz,evita e muito as fissuras.O que é uma pega correta da mama?
É quando o bebê fica todo alinhado, totalmente virado de frente ,fazendo com que sua barriga esteja TOTALMENTE virada para a barriga de sua mãe, boquinha dele bem aberta , pegando uma boa parte da aréola ou ela toda(se for pequena), queixo do bebê bem encostado na mama( o lábio inferior do bebê com esta posturação,costuma ficar virado pra fora- tipo boquinha de peixe).

*Não interromper a mama tirando o bebê abruptamente do peito- se tiver que fazê-lo, colocar o dedo mínimo suavemente na canto da boca do bebê e pressioná-lo levemente,introduzindo ao mesmo tempo, o dedo em sua boquinha.
*Evitar apertar a aréola com os dedos(tipo tesoura:dedos indicador e médio).Isso é feito porque muita mãe tem medo do bebê não respirar- essa atitude pode dificultar a pega do bebê no ato da mamada e além do mais, a natureza é sábia:o nariz do bebê é bem molinho,se adptando a anatomia da mama(caso ele sufoque,ele buscará meios de respirar)
*Evitar dar o peito muito cheio( ordenhar antes da mamadas facilita a pega do peito feita pelo bebê)

Por que as fissuras ocorrem?
As fissuras geralmente podem ocorrer por:
*pega do peito feita pelo bebê de forma incorreta
(enquanto não se corrije a pega do peito,as fissuras não cicatrizam e não são evitadas)
*mamas muito cheias
(dificultam a pega correta do peito)
*Cândida (Monilíase/sapinho) – a mãe fica com o peito vermelho,coçando ou apresentando fisgadas e na boca do bebê ,são visualizadas pequenos pontos brancos, o bebe pode ficar irritado na mamada)
(tratar a cavidade oral do bebê e a aréola,comforme prescrição médica)
*Disfunção oral do bebê- a disfunção oral se caracteriza por um funcionamento oral atípico que o bebe faz na mamada e só quem está capacitado para avaliar a disfunção é um Fonoaudiólogo.

Para tratar das fissuras:
* O 1º passo é posturar o bebê corretamente na mama da mãe(enquanto o bebê não estiver bem posturado como descrito acima, a fissura demora a cicatrizar e podem até surgir outras)
*  Suspender o uso de sabonetes,cremes,pomadas no mamilos ; lavar as mamas no banho sem o uso de sabonetes, principalmente na aréola e mamilo. Dependendo da pomada usada para ajudar na cicatrização das fissuras, elas podem abafar mais ainda as feridas,além de terem um gosto ruim, afetando a mamada ao peito, porque o gosto, é percebido pelo paladar do bebê. No caso de usar alguma pomada,sugiro as que tem por base Lanolina .
*Utilizar outras posições para amamentar:(1) invertida, (2)cavaleiro ou cavalinho,(3) deitada- pois fazem com que o bebê pegue a mama de forma correta/ sem dor.
3.


*Expor os mamilos ao sol por 20 minutos (manhã ou final do dia)-o sol tem um poder cicatrizante
* Passar nos mamilos e aréola o leite materno ( a gordura do leite ajuda na cicatrização)
*Nos casos graves, dependendo da extensão das fissuras,suspender a amamentação por 24 a 48 horas,pois ajudará na cicatrização mais rapidamente, porém, esse peito,deve ser ordenhado várias vezes ao dia
*Evitar o uso de protetores de peito, usa-los somente quando for sair de casa,por exemplo. Quanto mais exposto,arejados, os mamilos,melhor para cicatrizar.
*Evitar o uso de conchas mamilares,pois também abafam o bico do peito,deixando-os úmidos e a umidade,nao favorece a cicatrização.
*Evitar o uso de bicos de silicone, pois interferem negativamente no estabelecimento da amamentação.Podem levar á diminuição da produção do leite materno e em alguns bebês, causar confusões de bico,podendo levar ao desmame precoce.(por conta do bebê habituar com o tamanho do bico de silicone,ele estranha o de sua mãe)
*Usar coador de chá , dedal, alguma blusa mais velha,que possa ser furada na altura dos mamilos, ajudam a evitar que os bicos machucados entrem em contato com tecidos e ainda ficam arejados
*NÃO USAR CASCAS DE BANANA E MAMÃO NAS FISSURAS EM HIPÓTESE ALGUMA( as fissuras são portas para a entrada de bactérias,que podem levar á mastite-inflamação das mamas)

quarta-feira, 8 de abril de 2009

COMO AUMENTAR A PRODUÇÃO DO LEITE MATERNO?




Será que terei leite suficiente para alimentar meu bebê?
Como fazer para produzir leite assim que o bebê nasce? É uma pergunta frequente da maioria das gestantes e mães.
Para as gestantes,importante saber que alguns hormônios durante a gravidez, fazem o preparo das mamas e da produção do leite materno, que vai ocorrendo com o passar dos meses. Inclusive algumas gestantes percebem o colostro saindo de suas mamas , porém outras , sequer vêem ou sentem essa produção  de colostro ocorrer! Isso não é nada de anormal! Em relação á gravidez , fazer comparações pode ser muito perigoso! Cada organismo é único! O importante é saber,que, como a Natureza é sábia, ela está lá , agindo silenciosamente para que, após o parto,com a 1a mamada do bebê , o leite comece a descer.A maioria das mulheres, apresenta quantidade de leite suficiente para amamentar seus bebês, inclusive as mâes de gêmeos !
E para as mães, saber que nos primeiros dias do bebê nascido, embora sejam levadas a acreditar que não possuam leite ou que sua produção é pequena, ou que o leite é pouco,não desceu, tá "fraquinho".. porque profissionais de sáude , familiares, amigos, que não possuem conhecimentos corretos sobre a fisiologia da amamentação, informam equivocadamente isso tudo, SIM! Ela produz o colostro e que sua descida pode ocorrer até 72 horas após o parto .Se o "universo" faz a mãe acreditar que não produz leite suficiente,o leite de fórmula é dado para o bebê, interferindo negativamente,muitas vezes, sem necessidade, na produção e  descida do leite materno,diminuindo a frequência de mamadas principalmente na livre demanda!
O tipo de parto, as interferências pré e pós parto,o emocional da mãe , podem influenciar nessa descida do leite de forma positiva (ou não!),além disso, a apojadura( que é quando o leite desce),pode demorar alguns dias para acontecer, o que não significa que a mãe não tenha leite desde o início.
Para produzir leite após o nascimento do bebê, a mãe deve amamentá-lo tão logo ele nasça -de preferência,na sala de parto ou na 1a hora de vida do bebê( solicitar que o bebê fique com a mãe após o parto). Essa atitude promoverá, não só a estimulação da descida do leite,mas também a diminuição do sangramento pós parto ,a reduzir o tamanho de seu útero, formação do vínculo com seu bebê!
É lei de oferta e procura "láctea": Quanto mais o bebê mamar, mais leite a mãe produzirá!
O volume do leite materno pode variar de acordo com 
*a frequência das mamadas *a demanda do bebê  *a idade dele *a capacidade da glândula mamária *a exposição da mãe á algumas situações de vida que podem interferir na produção: volta ao trabalho( gera estresse e insegurança na mãe),dar outros alimentos ao bebê (diminuem a sede,a fome), uso de chupetas e mamadeiras(fazem confusão na forma de sugar)
* o tempo em que o bebê fica mamando no peito * a interrupção das mamadas noturnas( o pico de prolactina-hormônio que produz o leite materno, é maior á noite) * a rigidez nos horários e tempo de mamada( se você estipula tempo, o bebê pode não esvaziar a mama o suficiente, não se saciar e não estimula a produção) *alguns tipos de cirurgia redutora de mama com perda ou retirada de tecido glandular *algumas doenças maternas * o uso de pílulas combinadas(com estrogênio e progesterona) *o uso de bicos de silicone( impedem a adequada estimulação mamilo-aréola, feita pela boca do bebê diretamente ao peito , podem levar á confusão de bicos, provocar gases no bebê,além de dificultarem o esvaziamento da mama ,por não promoverem uma boa pega da areóla.) *a presença de fissuras/rachaduras nas mamas,ductos bloqueados- pois promovem dor, estresse,...) * o entusiasmo da mãe para amamentar seu bebê * a pega do peito feita pelo bebê ( se o bebê pega o peito de forma ineficaz, não promove um bom esvaziamento da mama) *alguma doença do bebê que dificulte as mamadas * o apoio logistico e emocional á mãe que amamenta ( se ela se sente amparada,estimulada, tranquila,segura,despreocupada com os afazeres do lar,  provavelmente ela relaxará) . A falta de apoio social,da família ou amigos,podem estimular o uso de mamadeiras e chupetas
                                                                  Como resolver isso?

* Dar o peito o maior número de vezes possível de dia e de noite!  * Abolir as mamadeiras e chupetas, porque ambas ,promovem um movimento de sucção totalmente oposto á ordenha feita no peito da mãe ,podendo levar á confusão de bicos,( é mais fácil e mais rápido de se obter o leite na mamadeira. No peito,  há um esforço maior para retirá-lo.) *Descansar físico e mentalmente- cansaço físico,estresse, medo,angústia, receios,inseguranças, dúvidas, ansiedades- tudo isso libera adrenalina na corrente sanguinea que acaba interferindo na descida do leite  * Corrigir a pega do peito feita pelo bebê  *Aumentar a ingestão de líquidos; se alimentar bem *Buscar ajuda e apoio com pessoas que já passaram pela experiência de amamentar com êxito ou com profissionais que conheçam profundamente do assunto.
* Ajudar a mãe a acreditar na sua capacidade plena de alimentar seu filho!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Olá, muito prazer !!!


Sou Cláudia, mãe de Mateus(atualmente-2015 com 20 anos) e Joana ( em 2015- 10 anos) ambos amamentados, Fonoaudióloga, filha, esposa, amiga, irmã....
Resolvi fazer um Blog sobre Amamentação para que de alguma forma, eu pudesse deixar público, tudo o que ao longo de quase 16 anos venho aprendendo !
 Um dos meus desejos aqui, é que  eu possa ajudar e apoiar muitas mulheres nessa escolha.
Meu envolvimento com a amamentação se iniciou com meu filho mais velho, na época, totalmente desconhecedora da importância da amamentação para mãe, bebê, família,sociedade, e , planeta !!
Venci algumas dificuldades com o apoio e orientação de uma amiga enfermeira obstétrica, carinhosamente chamada de" tia Rosa" , mas também, muita intuição materna, que fui descobrindo possuir, ao longo dos meses do meu filho!
Estava eu, numa determinada época da vida, Mateus já com 4 anos, passando por conflitos pessoais, daqueles que te trazem grandes questionamentos do que fazer do trabalho profissional ,pra que ele se tornasse mais prazeiroso, mais recompensador.
Resolvi investir numa , então, nova área dentro da Fonoaudiologia, voltada para o atendimento á bebês em UTI neonatal! Fiz muitos cursos, seminários, acessei a Internet como nunca e solicitei á vários hospitais a possibilidade de pelo menos , assistir as intervenções Fonoaudiólogicas, já que não poderia ser estagiária,devido estar formada há muitos anos!
Um belo dia, me deparei com uma cena entristecedora: uma mãe de UTI, nada orientada sobre a importância de seu leite para seu bebê, não recebendo nenhuma orientação de um profissional de sáude, qualquer amparo, ou palavra  sobre  a sua importância na alimentação de seu filho e de como iniciar sua produção láctea o quanto antes, através da ordenha !
Nunca mais esquecerei a face de  frustração, de tristeza imensa daquela mãe de prematuro ,com os peitos com certeza, produzindo colostro " á mil", pois estava no 4o dia de vida  do bebê!
 Aquilo foi de grande choque para mim! Mil perguntas...mas a principal:
Por que seu filho não podia beber do leite de sua mãe ,mas sim, de um leite de fórmula?
Busquei respostas e a que recebi de um profissional que sequer me olhou, foi: "recomendação do hospital"!
Aquilo me indignou e me fez buscar na Internet dados científicos para que eu pudesse mostrar no hospital as vantagens da amamentação! Eu podia falar da minha experiência como mãe, mas não ia ser ouvida e acolhida,precisava de dados científicos!
Caí literalmente na Internet em busca de sites,dicas de livros, profissionais estudiosos da amamentação .
O 1o site que encontrei, foi o ORIGEM-http://www.aleitamento_materno.blogger.com.br/
Depois, encontrei a dica para profissionais de saúde, de um livro chamado "Manejo Clínico da Lactação" . Esse livro foi um divisor de águas na minha vida! Me mostrou um mundo cientifico até então,desconhecido por mim em relação a amamentação!
O Universo começa a conspirar a meu favor: uma tia que tem uma Instituição Filantrópica em Engenheiro Pedreira ( Migalhas de Luz),me convida para, com um grupo de profissionais de sáude, falar de amamentação para as mães daquela região! Nesse local, aprendi muitissimo,com as experiências boas e ruins, de gestantes de diversas idades !!!
Depois,contei com uma baita sorte!
Fiz um curso de "Aconselhamento em Amamentação" do Ministério da Saúde; o 1o aqui no Rio de Janeiro! Esse curso também foi fundamental para abrir meu coração num olhar diferenciado da amamentação: ouvir,apoiar,criar empatia, orientar falando somente o essencial. Me ajudou muitissimo em Engenheiro Pedreira!
Eu me sentia tão energizada com tantos aprendizados, mas a imagem daquela mãe, não me saía da cabeça: o impedimento sofrido, a frustração percebida em sua face, a falta de apoio,incentivo, orientação, o desrespeito ao direito daquela mulher de amamentar seu filho(ou de ordenhar seu leite para oferecer á ele)..eu me sentia no dever de fazer algo para que outras mães não passassem por isso!
Através do curso de Aconselhamento, conheci Rosimar Teykal do Grupo de Mães AMIGAS DO PEITO- http://www.amigasdopeito.org.br/  e sua participação em cada módulo do curso, me fez perceber que eu gostaria de fazer um trabalho como o das Amigas doPeito. Quase em ano depois, me tornei voluntária do grupo, do qual fiz parte até 2012, como mãe de Mateus e Joana, que amamentou os filhos, passou por dificuldades, foi apoiada e incentivada a continuar e cada dia vencendo  as dificuldades iniciais para amamentar!
Esse é um pequeno resumo de quem sou e como me iniciei nesse mundo cheios de hormônios, emoções, dúvidas , e prazer, que é a amamentação!
E aqui estou para dividir,compartilhar e aprender!