Contato do colo materno contribui no desenvolvimento de prematuros
No aconchego do colo, os prematuros ganham, por dia, o dobro do peso obtido pelas crianças tratadas na incubadoraA figura da mãe canguru está se tornando comum nas maternidades brasileiras. Bebês prematuros desenvolvem-se mais rápido se trocam a incubadora pelo colo materno, quando apresentam certas condições clínicas de sobrevivência. Assim, eles se sentem aquecidos e crescem com mais segurança. Daí a expressão "mãe canguru". Os bebês prematuros vinculados ao colo de suas mães tendem a sofrer menos alterações nos batimentos cardíacos e nos níveis de oxigênio no sangue. Aquecidos pelo calor materno e embalados pelo pulsar do coração da mãe, os bebês cangurus não têm tanta dificuldade para respirar, o que é um dos maiores desafios de quem nasce antes do tempo. A respiração é muito mais tranquila e sem sobressaltos.Ainda no aconchego do colo, os prematuros ganham, em média, o dobro do peso obtido por dia pelas crianças tratadas na incubadora. Quando a mãe é canguru, o período de internação hospitalar chega a ser reduzido pela metade.Mas, essa não é uma tarefa simples para o hospital, que, para garantir essa assistência, precisa dispor de médicos em número suficiente para monitorar os bebês o tempo todo. Na maioria das maternidades públicas, incapazes de garantir tanta atenção, os médicos, por segurança, só colam a criança à mãe quando o bebê já respira sozinho, alimenta-se pela boca e pesa no mínimo 1,2 kg. A "mãe canguru", além de ser um gesto mais do que carinhoso, estabelece maior apego, segurança, incentivo ao aleitamento materno e melhor desenvolvimento da criança, evitando infecções hospitalares. Segundo a Dra. Nara Mattia, ginecologista e oncologista, "o método se desenvolve em três etapas: na primeira, os pais são estimulados pela equipe hospitalar a tocarem seu bebê que está dentro da incubadora”, conta. “Na segunda, é realizada uma avaliação das condições clínicas do bebê, principalmente em relação à respiração, para só assim os pais poderem fazer a posição ‘canguru’, em que o bebê fica apenas de fralda ‘amarrado’ no peito nu do pai ou da mãe".Essa decisão depende de uma série de circunstâncias, por exemplo, só quando o bebê está bem e estável, poderá ir ao alojamento conjunto, onde mãe e bebê permanecem 24 horas na posição “canguru”. O bebê não fica no berçário e é a mãe quem fará os cuidados, com supervisão da equipe do hospital. Já a terceira etapa consiste na alta hospitalar, mas não do método. Depois de orientada e segura para cuidar sozinha do filho em casa, a mãe recebe permissão para fazer a posição em casa."Bastam alguns dias para que mamãe canguru perca o temor de pegar, mexer e cuidar do bebê. A segurança não é apenas psicológica. Longe de suas crianças, as mulheres que deram à luz precocemente têm dificuldade para manter a produção de leite. O contato físico constante com o bebê faz com que o cérebro da mãe estimule a glândula hipófise a produzir o hormônio responsável pelo controle da liberação de leite", explica Dra. Nara.Se o leite materno é essencial para a boa saúde de todas as crianças, o benefício para os prematuros não tem preço. Com o sistema imunológico ainda imaturo, o organismo deles não está preparado para combater as bactérias. A mãe, que já possui anticorpos contra esses germes, pode imunizar o filho através do leite.No Brasil, diversas maternidades brasileiras já adotaram o método canguru e estão treinadas para atender nesse sistema. O método é eficiente, barato, diminui o tempo de internação e aumenta o vínculo entre mãe e filho. Os benefícios são tão evidentes que o Ministério da Saúde criou um projeto de incentivo ao método “canguru” em todos os hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde, o SUS. Os custos de um dia de incubadora beiram R$100 reais. Com o recém-nascido grudado à mãe, não chegam a 20% deste valor. "Assim, todos saem ganhando: maternidades, as mães e principalmente os bebês", comemora a médica.
No aconchego do colo, os prematuros ganham, por dia, o dobro do peso obtido pelas crianças tratadas na incubadoraA figura da mãe canguru está se tornando comum nas maternidades brasileiras. Bebês prematuros desenvolvem-se mais rápido se trocam a incubadora pelo colo materno, quando apresentam certas condições clínicas de sobrevivência. Assim, eles se sentem aquecidos e crescem com mais segurança. Daí a expressão "mãe canguru". Os bebês prematuros vinculados ao colo de suas mães tendem a sofrer menos alterações nos batimentos cardíacos e nos níveis de oxigênio no sangue. Aquecidos pelo calor materno e embalados pelo pulsar do coração da mãe, os bebês cangurus não têm tanta dificuldade para respirar, o que é um dos maiores desafios de quem nasce antes do tempo. A respiração é muito mais tranquila e sem sobressaltos.Ainda no aconchego do colo, os prematuros ganham, em média, o dobro do peso obtido por dia pelas crianças tratadas na incubadora. Quando a mãe é canguru, o período de internação hospitalar chega a ser reduzido pela metade.Mas, essa não é uma tarefa simples para o hospital, que, para garantir essa assistência, precisa dispor de médicos em número suficiente para monitorar os bebês o tempo todo. Na maioria das maternidades públicas, incapazes de garantir tanta atenção, os médicos, por segurança, só colam a criança à mãe quando o bebê já respira sozinho, alimenta-se pela boca e pesa no mínimo 1,2 kg. A "mãe canguru", além de ser um gesto mais do que carinhoso, estabelece maior apego, segurança, incentivo ao aleitamento materno e melhor desenvolvimento da criança, evitando infecções hospitalares. Segundo a Dra. Nara Mattia, ginecologista e oncologista, "o método se desenvolve em três etapas: na primeira, os pais são estimulados pela equipe hospitalar a tocarem seu bebê que está dentro da incubadora”, conta. “Na segunda, é realizada uma avaliação das condições clínicas do bebê, principalmente em relação à respiração, para só assim os pais poderem fazer a posição ‘canguru’, em que o bebê fica apenas de fralda ‘amarrado’ no peito nu do pai ou da mãe".Essa decisão depende de uma série de circunstâncias, por exemplo, só quando o bebê está bem e estável, poderá ir ao alojamento conjunto, onde mãe e bebê permanecem 24 horas na posição “canguru”. O bebê não fica no berçário e é a mãe quem fará os cuidados, com supervisão da equipe do hospital. Já a terceira etapa consiste na alta hospitalar, mas não do método. Depois de orientada e segura para cuidar sozinha do filho em casa, a mãe recebe permissão para fazer a posição em casa."Bastam alguns dias para que mamãe canguru perca o temor de pegar, mexer e cuidar do bebê. A segurança não é apenas psicológica. Longe de suas crianças, as mulheres que deram à luz precocemente têm dificuldade para manter a produção de leite. O contato físico constante com o bebê faz com que o cérebro da mãe estimule a glândula hipófise a produzir o hormônio responsável pelo controle da liberação de leite", explica Dra. Nara.Se o leite materno é essencial para a boa saúde de todas as crianças, o benefício para os prematuros não tem preço. Com o sistema imunológico ainda imaturo, o organismo deles não está preparado para combater as bactérias. A mãe, que já possui anticorpos contra esses germes, pode imunizar o filho através do leite.No Brasil, diversas maternidades brasileiras já adotaram o método canguru e estão treinadas para atender nesse sistema. O método é eficiente, barato, diminui o tempo de internação e aumenta o vínculo entre mãe e filho. Os benefícios são tão evidentes que o Ministério da Saúde criou um projeto de incentivo ao método “canguru” em todos os hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde, o SUS. Os custos de um dia de incubadora beiram R$100 reais. Com o recém-nascido grudado à mãe, não chegam a 20% deste valor. "Assim, todos saem ganhando: maternidades, as mães e principalmente os bebês", comemora a médica.
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