sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Voluntária da ONG AMIGAS DO PEITO

Voluntária da ONG AMIGAS DO PEITO"




Sou voluntária dessa ONG há 11 anos, com muita honra e orgulho!

Conheci uma das voluntárias - Rose (Rosimar Teykal), quando o Hospital Universitário Pedro Ernesto realizou junto com a parceira do Ministério da Saúde, O.M.S e Secretaria de Saúde do RJ , o 1º Curso de Aconselhamento em Amamentação no Rio de Janeiro.
Na época, era voluntária da Obra Social "Migalhas de Luz" em Engenheiro Pedreira,(http://www.migalhasdeluz.org.br/), juntamente com outros profissionais de saúde, num grupo de gestantes.
Como fonoaudióloga, falaria da amamentação.
Foi uma experiência muito rica e um enorme aprendizado!
Vi o anúncio do curso de aconselhamento, no rodapé de um jornal, dizendo que o hospital realizaria o curso, dando somente os dias e horários. Avisei a clínica que trabalhava, que naquela semana não iria, e na segunda-feira, lá fui pro hospital!
Tive uma surpresa inesperada.
O curso era para profissionais de sáude da Prefeitura, Município e ONGs, e eu, estava fora dessa relação.
Pedi a Dra Ana Julia Colameo que me deixasse participar somente naquele dia como ouvinte, porque já não ia mesmo ao trabalho.
Não preciso nem dizer que, fui em todos os dias e a turma se sensibilizou diante da minha insistência e solicitou aos coordenadores a minha inscrição!
Conheci pessoas maravilhosas, empolgadas, estudiosas da amamentação, e uma delas foi a Rose.
Uma vez num almoço, ela me falou das Amigas - um brilho no olhar, a fala de uma mãe, a empolgação de quem vivenciou a experiência de amamentar e apóia quem deseja vivenciá-la!
Terminamos o curso em 5 dias, recebi meu certificado e me senti mais fortalecida e pronta para
" ouvir, criar empatia e dar ajuda relevante" !!!
Agradeço a Dra Ana Júlia sempre que a encontro, porque esse curso foi um divisor de águas para mim!
Continuei o trabalho em Engenheiro Pedreira até quando a prefeitura local assim o permitiu! Como o trabalho do Migalhas de Luz estava crescendo e aparecendo de forma positiva, foi solicitado o término do mesmo.
Após algumas semanas, senti necessidade de buscar algum local que me permitisse fazer rodas de mães, trocar experiências, falar de amamentação. Me lembrei de Rose, mas me intimidei em procurá-la.
Numa pesquisa na Internet descobri o Dr Marcus Renato(http://www.aleitamento.com/), e numa troca de e-mails, disse a ele o que desejava realizar, e ele me indicou logo como opção, o trabalho nas Amigas do Peito.
Liguei para o grupo, vi onde teria uma reunião mais próxima . Fui pro grupo de apoio na Tijuca, onde Rose coordena até hoje. Minhas colocações eram sempre como uma profissional de sáude que conhecia sobre amamentação. Rose jamais interferiu nas minhas colocações de uma profissional afobada e ansiosa em descarregar todo conhecimento. Com o passar dos meses, e quase 1 ano depois, fui convidada a participar das reuniões da sede e me tornar uma voluntária. Aí sim, começou meu verdadeiro aprendizado:
Aprendi a OUVIR de verdade a mãe, sem pré julgamentos e sem fórmulas "escondidas nas mangas". Na realidade, aprendi com Rose e todas as demais Amigas, e continuo ainda aprendendo: a ouvir, a falar, a sentir como mãe, a silenciar, a orientar, a sugerir.
E quando se é um profissional de saúde que trabalha com amamentação, falar como mãe que viveu a experiência, deixar o academicismo de lado, os trabalhos cientificos, as pesquisas, é complexo!!! Porém, é possível!
Sou grata por essa dica do Dr Marcus Renato, porque estou nesse grupo como mãe de Mateus e Joana, amamentados exclusivamente até o 6º mes, sendo Joana de forma prolongada até os 11 meses. Mãe que passou por dificuldades com Mateus sem conhecer nada sobre amamentação e com Joana conhecendo e trabalhando com, porém, vivenciando uma depressão pós parto importante, a perda de peso da filha e sem ajuda direta de alguém em casa, tendo que cuidar de filho, marido, casa, bebê, de visitas e de mim mesma!
Fui muito amparada e apoiada quando tive Joana! Ia pro grupo que frequentava na Tijuca, como mãe, desejando colo e "ser amamentada".
Pude perceber ao longo dessa caminhada de 11 anos, que, profissionais de saúde que conhecem e falam de amamentação, sempre existiu e existirá de montão, porém, um grupo que fale de mãe para mãe, é raro!
Muitas vezes, o que as mães necessitam não são de técnicas, nem de estatísticas, mas de apoio!
Rose diz de forma muito sábia:
" a amamentação se baseia num tripé: a mãe para amamentar precisa: ter informação correta sobre a amamentação, desejar amamentar e ser apoiada!" (informação, desejo e apoio - eis o tripé da Rose, muito bem sacado!)
Para quem quiser conhecer de perto a ONG AMIGAS DO PEITO, visite o site,  e colabore , porque o grupo sobrevive com muitas dificuldades para se manter ativo
Nesse ano de 2010, comemoramos 30 anos de existência com muita luta e vencendo muitas dificuldades!
Agradeço a Bíbi Vogel por ter tido a idéia de formar esse grupo maravilhoso e agradeço também a todas as mães que por lá passaram e me ensinaram.
Agradeço a todas as coordenadoras/voluntárias das Amigas que continuam caminhando comigo e todas aquelas outras que não conheci ou conheci por um tempo, que ajudaram a construir esse grupo, algumas que caminharam comigo e que em determinado momento precisaram "dar um tempo" do grupo!





Sua contribuição é fundamental para manter o trabalho voluntário das Amigas do peito(www.amigasdopeito.org.br). Faça uma doação de apoio à amamentação!

As Amigas do peito e o todo o Planeta,agradecem!

Banco Bradesco (237), ag. 3019-8, cc: 44109-0 Cnpj: 28181147/0001-44

Você também pode doar pelo site. É só clicar em DOAÇÕES no canto

direito.

Mais informações: www.amigasdopeito.org.br

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Minha volta ao trabalho e a amamentação


Sou autônoma há 20 anos, e quando tive meu primeiro filho, trabalhava em 2 lugares enlouquecidamente. Tinha 29 anos e uma energia enorme!
 Quando meu filhote estava próximo do 3o mes, cometi a insanidade de retornar ao trabalho, porque, a rotina da casa, me deixou desesperada  e somado a isso, queria ganhar dinheiro, ver pessoas, respirar outros ares!!
E ai, veio outro problema: Onde deixá-lo?
A avó materna ficou com ele até o 4o mes, mas depois, tive que colocá-lo numa creche e outra preocupação surgiu:  como vão alimentá-lo ? ( já que eu não queria oferecer mamadeiras).
Fui a creche,combinei com as berçaristas, ensinei a ofertar o copo,  me ordenhava igual a uma "vaca leiteira", porém, com menos de 2 semanas, me disseram ser impraticavel oferecer o leite num copo! "Tive" que ceder aos apelos da creche e por conta do uso da mamadeira, apesar de amamentá-lo na madrugada e pela manhã,  3 meses depois, ele desmamou! Naquela época, desconhecia sobre armazenamento do leite materno e por isso, tive leite  materno estocado até o 9o mês dele! Há anos, a recomendação dos bancos de leite humano, é que o leite materno seja congelado por até 15 dias. Fiquei muito triste com o desmame , porque ficávamos separados  de 7 da manhã ás 19 horas e aquele momento da mamada, era um reencontro, um repositório de energias, principalmente pra mim.
Uma pena que só enxerguei isso tarde demais!
Dez anos depois, tive uma filha, desejada ,esperada,sonhada ,ainda autônoma, trabalhando somente em 1 lugar. Combinei com o esposo de que, dessa vez, ia ver minha filhota engatinhar,sentar,andar, balbuciar.
No 4o mes, coloquei-a numa creche e fiz tudo de novo: ensinei ás berçaristas o oferecimento do copinho, ordenhava leite materno de manha, de tarde e de noite( e as vezes, na madruga). Um mês depois,estava de mudança para S.Paulo e pude ficar em casa por quase 2 anos.
O que dizer ás mães, sobre o retorno ao trabalho?
Que é perfeitamente compatível o retornar ao trabalho e continuar amamentando, mas que se a mãe puder adiar esse retorno por desejo proprio,que o faça!
Não há nada que pague acompanhar o crescimento de um filho.
Até hoje, não me perdoo pela minha pressa!
Dizem que bebês prematuros são apressados pelo resto da vida( e eu sou prematura de 8 meses)
Se posso dizer algo ás mães, é que curtam seus filhotes, enquanto puderem, que desfoquem de tudo o que não seja  sobre eles e deles .
Só depois de começar a trabalhar com amamentação, observar comportamentos, ouvir relatos, ler bastante, vi o quanto se perde  com o retorno da mãe  ao trabalho, com o filho no 4o mes. Todo mundo perde: familia, bebê, mãe e o proprio trabalho ( que tem uma mãe desfocada, preocupada, jorrando leite pela roupa, com sentimento de culpa., não rendendo muitas vezes)
E é  desconcertante ver que  a Organização Mundial de Saúde orienta amamentar exclusivamente até os 6 meses e a nossa lei trabalhista dá a mulher somente 4 meses! Embora atualmente as prefeituras concedam 1 ano de licença maternidade e algumas empresas concedam 6 meses( de forma facultativa)
O dificil não é se ordenhar em diferentes horários, nem carregar a maletinha com os leites, nem congelar leite materno, nem oferecer em copinhos,  e ensinar a oferecer, nem dormir menos porque o bebê mama na madruga.
Dificil é lidar com a pressão, ouvir que não vai dar certo, lidar com as cobranças alheias e com as nossas proprias cobranças. Dificil é ouvir:  "vou receitar esse leite que é bem parecido com o leite materno ou qual o problema de dar mamadeira? Mas ele ja tá grande pra continuar mamando... seis meses? ta de bom tamanho,depois dessa idade, o leite é só aguinha"!
Dificil é encarar  as pessoas falando de seu corpo,e mostrando artistas com corpos perfeitos após a pele ser esticada por 9 meses,  dificil é ter que se comportar como uma mulher moderna,(apesar de nem sempre estar pensando como uma) dificil é ver que criei um bebe independente,  e depois constatar que o ideal era que ele continuasse dependente até estar pronto para essa separação , difícil  é ter que fazer o papel de mulher/esposa ideal, ser perfeita em tudo, dar conta de tudo. Isso tudo,  é que dificulta continuar amamentando e voltar ao trabalho!
Porém, quando a gente deseja  firmemente manter a amamentação,  contando  com apoio(s), tendo orientações sobre como seguir adiante, 90% de chance de tudo dar certo !
Meu  filho mais velho foi amamentado exclusivamente até o  6o mês, apesar do meu retorno ao trabalho, apesar da pressões para desmamá-lo, apesar da minha pressa em viver de outra forma  e minha mais nova, com certeza, também  beberia meu leite, porque  tudo  estava muito mais organizado na minha cabeça e no meu coração!
Para que a amamentação e o retorno ao trabalho, não sejam pesarosos, a dupla mãe e bebê, precisa estar preparada. A família precisa estar organizada e a mãe precisa ser apoiada e auxiliada!

AMAMENTAÇÃO E CARREIRA






Por Camila Ciberi
Fonte: Revista Baby & Cia, ed.19.

Dedicar-se ao bebê durante os seus primeiros meses de vida é muito gostoso, mas, para as mamães que precisam voltar da licença-maternidade, a proximidade do quarto mês pode causar ansiedade e estresse. A despreparação desencadeia irritabilidade e desconforto tanto para a mãe quanto para o neném; por isso, antes de voltar efetivamente a trabalhar, ela precisa criar uma nova rotina para que seu pimpolho não sinta a brusca mudança.

Para começar

O ideal é aplicar a nova rotina até um mês antes da volta ao trabalho e, de preferência, sob a orientação do pediatra. "Juntos, a mãe e o pediatra, podem criar um cronograma que seja ideal para cada tipo de bebê e de acordo com a necessidade da mãe", explica Márcia Regina da Silva, enfermeira obstetra e responsável pelo Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno (GAAM) e pelo Curso para Gestantes do Hospital e Maternidade São Luiz. A partir desse cronograma, a mãe já pode tirar um pouco do leite e oferecê-lo à criança ao invés do peito, mostrando ao neném que ele pode se alimentar de outra maneira.

Armazenamento

Uma semana antes da volta ao trabalho, a mãe pode começar a estocar seu leite. O leite materno dura, em média, uma semana congelado e 24h na geladeira. "Ela pode optar por retirar o leite manualmente ou através de bombas elétricas", diz Márcia. Para a retirada manual, a mamãe deve manter as mãos sempre limpas, massagear as mamas e ordenhar. Caso ela prefira a bomba elétrica, o ideal é que esta seja uma com regulagem de pressão para não machucar o seio - é necessária uma instrução adequada para a manipulação da bomba.

O leite retirado deve ser armazenado em vidros esterilizados com tampa de plástico."Não se deve manipular o leite guardado. Assim, a cada retirada, deve-se usar recipientes diferentes", explica Clery Bernardi Gallaci, pediatra do Hospital e Maternidade Santa Joana. Ela também aconselha a etiquetar os frascos com o dia e a hora do armazenamento para não haver confusão. Mesmo estando no trabalho, a progenitora pode fazer uma pausa, procurar um lugar tranquilo e retirar o leite sem problemas. Lembre-se de que ele deve ser mantido refrigerado e transportado sempre em uma bolsa térmica com gelo reciclável.

Na boquinha

Para dar o leite armazenado ao nenê, deve-se esquentá-lo em banho-maria. "É importante que nem a água nem o leite fervam. Caso contrário, eles perderão propriedades nutricionais", recomenda a enfermeira obstetra. O mesmo acontece com o aquecimento no forno de micro-ondas, que deve ser evitado ao máximo. Márcia também sugere que as procriadoras não usem a mamadeira para dar o leite aos seus filhotes: "Se a mamãe oferece a mamadeira, o baby pode se confundir com os bicos e desmamar com maior facilidade". A alternativa são os copinhos especiais para os pequenos e os normais para quando eles ficarem maiorezinhos. Os copos não devem ter nenhuma saliência na borda, sendo obrigatório usar materiais que possam ser bem lavados e fervidos.

A última alternativa é dar o leite com colher, mas nem sempre a concebedora dispõe de uma pessoa para fazer isso. Então, se a mamadeira for necessária, que seja uma com um bico ortodôntico. "Mesmo com o bebê se alimentando por outros meios, a mãe não deve deixar de dar o peito, nem que seja uma vez por dia, até os dois anos de idade de seu bebê", aconselha a responsável pelo GAAM. Caso não seja possível continuar com o leite materno mais do que uma vez ao dia, o pediatra deve recomendar qual o melhor tipo de leite para substituir o materno e quais outros tipos de líquidos ou alimentos a criança poderá ingerir.

Sem complementos

Estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que os bebês estão sendo superalimentados devido à ingestão de leite em pó. A pesquisa mostrou que crianças alimentadas apenas com leite materno eram mais altas e magras, ao contrário daquelas que tiveram uma dieta complementada com leite em pó - que tinham o peso até 20% a mais do que o ideal. Por isso, evite complementar a alimentação do pequeno.

Pela lei

As mamães que amamentam também são protegidas por alguns artigos da legislação e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Elas poderão ser dispensadas do trabalho para amamentar e permanecer ausente enquanto durar a amamentação. A dispensa diária é constituída de dois horários em períodos distintos. Por exemplo, uma dispensa de manhã e outra à tarde, com duração máxima de 1h cada, até que o bebê complete seis meses.

Fontes: Decreto nº 24.273, de 22 de maio de 1934 / Artigo 9º do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990) / Artigo 396 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Passo a passo da ordenha manual

1. Lave cuidadosamente as mãos e os antebraços.

2. Não há necessidade de lavar os seios frequentemente.

3. Use máscara ou evite falar, espirrar ou tossir enquanto estiver ordenhando o leite.

4. Massageie, previa e delicadamente, a mama como um todo com movimentos circulares da base em direção à aréola. Esse procedimento deve ser feito preferencialmente pela nutriz. Assim, ela poderá localizar os pontos mais dolorosos.

5. Disponha de um vasilhame de vidro esterilizado para receber o leite. É preferível que o vidro seja de boca larga com tampa plástica, para que possa ser submetido à fervura durante cerca de 20 minutos.

6. Tenha à mão um pano úmido e limpo e lenços de papel para a limpeza das mãos.

7. Procure estar relaxada (sentada ou de pé) em posição confortável.

8. O recipiente em que será coletado o leite materno (copo, xícara, caneca ou vidro de boca larga) deve estar esterilizado e posicionado próximo ao seio.

9. Com os dedos da mão em forma de "C", coloque o polegar na aréola acima do mamilo e o dedo indicador abaixo do mamilo na transição aréola-mama (em oposição ao polegar) e sustente o seio com seus outros dedos.

10. Use a mão esquerda para a mama esquerda e a mão direita para a direita ou use as duas mãos na mesma mama (uma em cada ou as duas juntas na mesma).

11. Pressione as mamas com o polegar e o dedo indicador - um em direção ao outro e levemente para dentro em direção à parede torácica. Evite pressionar demais, pois pode bloquear os ductos lácteos.

12. Comprima e solte duas vezes. Isso não deve machucar, mas, se doer, a técnica que você está fazendo está errada. A princípio, o leite pode não vir, mas, depois de pressionar algumas vezes, o leite começa a pingar.

13. Aperte as aréolas da mesma forma, a partir dos lados, para assegurar-se de que o leite está sendo extraído de todos os segmentos dos seios.

14. Evite esfregar ou deslizar seus dedos sobre a pele. O movimento dos dedos deve ser mais rotatório.

15. Tente não comprimir os mamilos entre os dedos. Dessa maneira, você não conseguirá extrair o leite. O mesmo acontece quando o bebê suga apenas os mamilos.

16. Ordenhe um seio por, pelo menos, 3-5 minutos até que o leite flua lentamente. Só depois, ordenhe a outra mama - e não se esqueça de fazer em ambos.

17. Ordenhar o leite do peito adequadamente leva aproximadamente 20-30 minutos em cada mama, especialmente nos primeiros dias - quando apenas uma pequena quantidade de leite pode ser produzida. É importante não tentar ordenhar em um tempo inferior ao estipulado aqui.

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Relactação/ Translactação



Inicialmente essas palavras assustam ,são diferentes, mas ambas as técnicas podem ajudar e muito: mães com pouca produção de leite, mães adotivas(que querem amamentar seus bebês) , mães que estão com seus bebês internados , alimentando-se através de sondas  e que farão uma transição alimentar diretamente para o peito ,além disso,os  bebês que não ganham peso,mesmo sendo amamentados, e bebês que foram desmamados precocemente, também se beneficiam com a relactação.

Qual a diferença entre uma e outra técnica?

Relactação

Se baseia na sucçao frequente do peito feito pelo bebê,visando aumentar a produção de leite,restabelecendo a amamentação numa mãe com baixa produçao ou na mãe que não esteja mais produzindo leite .
A vantagem da relactação é a  sua fácil realização.
A principal dificuldade é fazer com que um bebê acostumado com outros bicos,volte a sugar o peito, por isso, a mãe precisa ter apoio, se sentir incentivada e ter muita paciência, pois o bebê pode chorar irritado, joagando sua cabeça pra trás, somente ao colocá-lo na posição para mamar. Isso pode levar a mãe a se sentir incapaz,porém, a questão é que o bebê já se habituou a forma de sucção na mamadeira- totalmente diferente da ordenha que ele faz do peito da mãe
Material utilizado:
*sonda nasogástrica ou orogástrica ou sonda uretral (no 4 ou 6) . Sugiro a no6 quando o bebê está habituado a bicos artificiais ( só para não estranhar tanto), depois de um tempo de adaptação, sugiro mudar para a no 4
*1 recipiente onde ficará o leite(ordenhado ou leite artificial)- podendo ser  um copo ,ou uma seringa de 20ml por exemplo.
Descrição da técnica:
* cortar a extremidade da sonda(tem uns furinhos na ponta),para evitar vazamento de leite
*caso use a seringa, inserir a ponta (com uma tampa ) no bico da seringa e a outra extremidade na boca do bebê (lateralmente) 
* caso use algum recipiente,  inserir uma das pontas da sonda no recipiente onde tem o leite(artificial ou materno) e inserir a outra extremidade  na lateral da boca do bebê.
 A mãe pode também colocar a ponta da sonda diretamente sobre seu mamilo (prendendo com um pedaço de micropore) e fazer com que o bebê abocanhe a mama, realizando uma boa pega (abocanhando umaboa parte da areola)
Naturalmente quando o bebe começar a sugar , o leite subirá pela sonda até sua boca
Importante deixar o recipiente sempre abaixo do nivel da cabeça do bebê para evitar que o leite flua sem o bebê sugar!


Translactação- é uma técnica idealizada no serviço de Neonatologia do IMIP-Instituto Materno-Infantil de Pernambuco visando realizar a transição da alimentaçao por gavagem diretamente para o peito, em recém-nascidos de  baixo peso, cuja mãe mantém uma boa produção de leite. Utiliza o princípio da técnica da relactaçao,porém, o leite a ser oferecido é o ordenhado pela própria mãe. Geralmente feita quand o bebê encontra-se internado.

O ideal é que a mamadeira não seja oferecida ao bebê, para não atrapalhar a técnica. Caso seja necessário, oferecer o complemento num copinho.
Como em qualquer situação de amamentação, a conquista está relacionada ao desejo de amamentar e também à persistência e ao apoio. Tudo isso depende da mãe e das pessoas que estão mais próximas dela: familiares, companheiros, amigos e outras mães que já passaram pela experiência  e profissionais de sáude. Trocar idéias com todos os envolvidos ajuda bastante. A tranqüilidade e o estado emocional também influenciam.



Fontes:
"Aleitamento Materno"(José Dias Rego)
http://www.amigasdopeito.og.br/
http://www.alimentosaudeinfanti.wordpress.com/
http://www.leitedopeito.com.br/

sábado, 31 de julho de 2010

Bebês mimados tornam-se adultos menos estressados



A afeição maternal transbordante dada aos bebês de alguns meses torna-os mais bem preparados para enfrentar os problemas da vida na idade adulta, segundo um estudo publicado nesta terça-feira no Jornal de Epidemiologia e Saúde Comunitária, uma revista americana.
Na pesquisa realizada durante vários anos com 482 pessoas no Estado americano de Rhode Island, os cientistas compararam dados sobre a relação dos bebês de 8 meses com sua mãe e seu desempenho emocional, medido por testes, aos 34 anos de idade.
Eles queriam verificar a noção segundo a qual os vínculos afetivos fortes a partir da primeira infância fornecem uma base sólida para se sair bem ante os problemas da vida. Até então, os estudos sobre o assunto eram baseados em relatos de lembranças da infância, sem um acompanhamento.
A qualidade da interação dos bebês com suas mães aos 8 meses foi avaliada por um psicólogo, que anotou as reações de afeto e atenção da mãe. A classificação - datando dos anos 60 - ia de "negativa" à "excessiva", passando por "calorosas".
Em cerca de um caso em dez, o psicólogo notou um baixo nível de afeto maternal em relação ao bebê. Em 85% dos casos, o nível de afeição era normal, e elevado em 6% dos casos.
Essas pessoas acompanhadas foram testadas, depois, aos 34 anos, sobre uma lista de sintomas reveladores de ansiedade e hostilidade e mal-estar em relação ao mundo.
Qualquer que fosse o meio social, ficou constatado que os que foram objeto de mais carinhos aos 8 meses tinham os níveis de ansiedade, hostilidade e mal-estar mais baixos. A diferença chegava a 7 pontos no item ansiedade em relação aos outros; de mais de 3 pontos para hostilidade e de 5 pontos para o mal-estar.
Curiosamente, não havia diferença entre os que receberam um nível de afeto baixo e o normal. Isso poderia ser explicado, principalmente, segundo os pesquisadores, pela falta de interações verdadeiramente negativas na mostra observada.
Segundo eles, isto confirma que as experiências, mesmo as mais precoces, podem influenciar na vida adulta. As memórias biológicas construídas cedo podem "produzir vulnerabilidades latentes", diz o estudo.


Fonte: JB Online

segunda-feira, 26 de julho de 2010

SEMANA MUNDIAL DE ALEITAMENTO MATERNO - SMAM/2010






A SEMANA MUNDIAL DE ALEITAMENTO MATERNO de 2010 é uma iniciativa da WABA - “World Alliance for Breastfeeding Action” (Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno), com sede na Malásia, e será comemorada mundialmente entre os dias 02 e 07 de agosto de 2010.

Neste ano de 2010 a campanha visa homenagear a iniciativa HOSPITAL AMIGO da CRIANÇA e divulgar o tema AMAMENTAÇÃO - OS 10 PASSOS FUNDAMENTAIS PARA UM BOM COMEÇO.



As Amigas do Peito, grupo voluntário que já tem 30 anos, sediado no Rio de Janeiro, como entidade que defende a importância da amamentação desde os primeiros minutos de vida, vai participar da SMAM/2010 e propõe, entre outras atividades, um evento na praça da Praia do Leme, no próximo domingo, dia 1º de agosto, a partir das 9 horas da manhã.

A proposta é fazer uma roda de conversas, trocar experiências, tirar dúvidas sobre amamentação e maternidade, demostrar o uso dos carregadores de bebê (Kepinas e Slings) e expor os produtos das Amigas do Peito (camisetas e macacões para bebês, bonecas que amamentam e muito mais).



Ainda que você não esteja mais amamentando, ou nunca tenha amamentado, ainda que esteja grávida, ou seja homem, idoso ou não, apóie esta causa, essa é uma atitude de cidadania, apoio a saúde pública, ecologia e amor.

Mais detalhes no site do grupo (www.amigasdopeito.com.br) ou pelo e-mail



amigasdopeito@amigasdopeito.org.br

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Manifesto pela Valorização da Maternidade!




^











Se você também quer lutar pelo direito de exercer a maternidade e valorizar a família, assine o manifesto: www.grupocria.com.br ! E  ajude a divulgar postando em seu blog ou convidando amigas(os) para assinar o manifesto!!!! Obrigada!!!


http://www.grupocria.com.br/index.php/quemsomos/

sábado, 8 de maio de 2010

Passos para a participação efetiva e afetiva do PAI na Amamentação


Por vezes ela pode estar insegura de sua capacidade de amamentar. Seu apoio será fundamental nestas horas.

Mesmo que seja difícil aceitar, lembre-se que a amamentação é um período passageiro. Dê prioridade a seu filho(a).

Sua presença, carícias e toques durante o período de aleitamento são fatores importantes para a manutenção do vínculo afetivo do trinômio mãe + filho + pai.

No período de amamentação é pouco provável que sua mulher possa manter a casa, as refeições e se arrumar de formas "impecáveis". As necessidades do recém nascido são prioridades nesta fase.

Coopere nas tarefas do bebê na medida do possível: trocar fraldas, ajudar no banho, vestir, embalar, etc.

Mantenha-se sereno (sentir ciúmes do seu filha(o) é natural.

Procure ocupar-se mais dos outros filhos (se os tiverem).

Mantenha o hábito de acariciar os seios de sua mulher.

Fique atento às variações do apetite sexual (normalmente diminuído) de sua companheira.

Não traga para casa latas de leite, mamadeiras, chupetas, bicos de silicone, cigarros e bebidas alcoólicas.



(Grupo Interinstitucional de Incentivo ao Aleitamento Materno da Bahia, 1985. )
Revisto e atualizado em 2010 pelo Dr. Marcus Renato de Carvalho para o www.aleitamento.com
Autor: Marcus Renato de Carvalho
Data: 28/4/2010

Dicas para a participação efetiva e afetiva do Pai no PARTO e no NASCIMENTO



1. Muita calma nesta hora!
Durante o curso de preparação, você se familiarizou com todas as possibilidades e percebeu que não há necessidade de correr. Portanto, você pode relaxar: A hora finalmente chegou e está tudo sob controle.

2. Monitore as contrações.
O médico gostará de saber a frequencia das contrações para determinar a hora da internação.

3. Leve-a, sozinho, para a maternidade.
Você se sentirá mais a vontade e ela também. Avise a família somente quando o bebê estiver quase nascendo, evitando os palpites sem impedir que participe da alegria do nascimento.

4. Esteja atento.
Coloque uma música relaxante, faça uma massagem suave nos intervalos das contrações, ajude-a encontrar a melhor posição, leve-a para passear no corredor, faça a respiração com ela.

5. Entre na sala de parto.
Coloque a roupa esterilizada, lave as mãos até o cotovelo, tire o relógio e permaneça ao seu lado até o nascimento.

6. Peça para cortar o cordão umbilical.
Você vai adorar inaugurar esta nova vida, possibilitar a autonomia de seu filho, desligando-o fisicamente de sua mulher.

7. Fique junto de seu filho.
Sua mulher ficará mais tranquila se você ficar com o bebê do que com ela. Acompanhe o pediatra para saber o peso, o comprimento, as notas do Apgar e o resultado dos primeiros exames, levando-o logo para junto de sua mãe.

8. De o primeiro banho.
Você ficará surpreso de ver como é simples e agradável. Seu bebê vai adorar, relaxar, até ... sorrir!!!

9. Limite as visitas.
Visita é bom, mas tem limite. Não deixe que fique muita gente no quarto, nem muito tarde. A tranquilidade da mãe e do bebê é mais importante que o receio de magoar as visitas.

10. Passe a noite na maternidade.
Esta primeira noite é muito importante. Não deixe sua sogra ocupar seu lugar. Você é o pai e é muito capaz de cuidar de sua mulher e de seu filho com a assessoria da enfermagem e do pediatra.

Stephanie Sapin-Lignieres.

Revisto e atualizado em 2010 por Marcus Renato de Carvalho. Publicado originalmente no www.aleitamento.com em 27/3/2003

Dicas para a participação efetiva e afetiva do Pai na GESTAÇÃO




1. Participe da escolha da equipe de saúde.

Afinal, eles é que vão cuidar de sua mulher e de seu filho neste momento tão importante. Não fuja dizendo: "confio na escolha dela". Eles vão, inclusive, determinar se você vai participar do parto e como.

2. Acompanhe sua mulher em todas as consultas e exames.
Não perca a oportunidade de ouvir o coração de seu filho ou de vê-lo na ultrassonografia mesmo que sua sogra insista e que sua mulher ache que "não precisa".

3. Matricule-se num curso de preparação para casais grávidos.
Você vai encontrar outros homens com as mesmas preocupações e vai poder esclarecer um monte de dúvidas além de se preparar para participar ativamente do parto.

4. Desenvolva sua vida sexual.
É comum que ocorra uma diminuição do seu apetite sexual sexual ou dela. Não se afaste, procure a orientação de uma monitora perinatal, de uma psicóloga ou do médico e conserve a respeito. Mesmo que não haja relação sexual, pode haver momentos de extrema sensualidade muito satisfatórios e enriquecedores, propiciando novas descobertas.

5. Tenha muita paciência.
Com o aumento da sensibilidade dela, você terá que enfrentar seus acessos de choro sem causa e sua grande necessidade de proteção, além de dar-lhe milhares de demonstrações de carinho e declarações de amor.

6. Faça contato com seu filho.
Mesmo que trabalhe muito e chegue em casa cansado, encontre um tempo para entrar em contato com o bebê, dentro da barriga, sem medo de ser ridículo. Ele ouve e reconhece sua voz a partir do 5o. mês de gravidez. Voce pode desenvolver uma comunicação intensa e extremamente gratificante com ele.

7. Informe-se.
Procure ler livros e revistas que ela le para poderem comentar juntos. Não tenha vergonha de chegar no escritório com revista de bebê, seus colegas talvez riam, mas, no fundo, sentirão admiração e, até inveja.

8. De palpites no enxoval.
Não se limite a pagar, participe da escolha do berço, do carrinho, do enxoval. Faça destas compras passeios agradáveis por terras até então desconhecidas por você, intercalando um lanche ou uma refeição e, até, um cinema.

9. Cuide de sua alimentação.
Mostre-se interessado na sua alimentação mas sem imposição, cobrança ou qualquer tipo de radicalismo. Deixe que coma o que tem vontade, ajudando-a, somente a conter os excessos.

10. Faça a mala.
Prepare sua bagagem com um mês de antecedência e coloque nela tudo que precisar para poder permanecer, com ela, na maternidade, o tempo que ela ficar.

Stephanie Sapin-Lignieres.

Publicado originalmente em 18/2/2003. Revisto e atualizado por Marcus Renato de Carvalho para o www.aleitamento.com em 2010.

sábado, 1 de maio de 2010

Amamentar é um ato ecológico


Muito se houve falar dos benefícios da amamentação para o bebê e sua mãe a curto,médio e longo prazos!
Mas, e os benefícios para o meio ambiente?
Como a amamentação pode contribuir de forma sustentável, para o surgirmento de um mundo com melhor qualidade de vida (físico, mental,social,..)?
Amamentar evita o desperdício de recursos naturais e com isso, protege o meio ambiente.

Em um estudo sobre o impacto ambiental da alimentação por mamadeira, Andrew Radford, coordenador da ONG inglesa Baby Milk Action, voltada para o combate à alimentação inadequada de crianças, justifica essa relação. “O leite materno é um dos poucos alimentos produzidos e liberados para consumo sem nenhuma poluição, embalagem desnecessária ou desperdício, já que ele é produzido de acordo com a necessidade do bebê”, explica.
Amamentar reduz o impacto do lixo gerado pelo descarte de embalagens de leite em pó ou de mamadeiras. Ainda no estudo, Radford explica toda a rede de recursos gastos nesse processo. “Mamadeiras, bicos e demais acessórios são feitos de plástico, vidro, borracha e silicone, geralmente reutilizáveis, mas raramente reciclados ao final de sua vida útil. Todos estes produtos desperdiçam recursos naturais (estanho, papel, vidro), causam poluição desnecessária na sua produção e empacotamento e proporcionam o lixo”, diz.
Segundo Radford, os plásticos representam uma preocupação importante, pois a maioria deriva do petróleo. São raramente reciclados pela ausência de equipamentos adequados e pela dificuldade em separar os diversos tipos. “Os plásticos permanecem como poluentes quando descartados, pois a fumaça resultante de sua incineração pode conter dioxinas e outros elementos tóxicos à atmosfera”. Outra questão preocupante para os ambientalistas é o processo da industrialização do leite. Antes de ser embalado, ele é aquecido e, nessa etapa, o gasto de energia é muito alto.
A produção de leite de vaca, em pó ou in natura impõe: a pecuária de extensão e o conseqüente desmatamento de nossas florestas. Sem falar no desnecessário gasto energético e de recursos, na enorme produção de lixo e na liberação de toxinas e gases poluentes na atmosfera consequentes da fabricação de bicos, mamadeiras, chupetas e de outros produtos (muitas vezes não recicláveis e não bio-degradáveis) utilizados nas embalagens deste tipo de alimento.
Um bebê de 3 meses alimentado por mamadeira necessita de 1 litro de água por dia para adicionar ao leite e outros 2 para ferver bicos e mamadeiras15. Além disso, deve-se somar a água necessária para lavar e enxaguar.
A generalização de uma prática que não é natural e que deveria ser direcionada a casos bem específicos, pode trazer sérios riscos ao meio-ambiente como, por exemplo, a produção em massa de materiais não biodegradáveis que se acumulam e poluem o ambiente.
Cada vez que uma mãe oferece a seu filho leite de vaca industrializado, ela não pode imaginar o quanto ela está prejudicando não só a saúde de seu bebê como também a de nosso planeta.

A amamentação ajuda na preservação das florestas. Não causa desmatamento para criação de gado leiteiro, grande produtor de gases que destrói a camada de ozônio.
Amamentar não produz lixo, sendo um importante fator de proteção ambiental. Não há desperdício na amamentação, não há fabricação de latas, envases, plásticos, resíduos químicos, rótulos etc. Não há necessidade de caminhões de transporte para translado de produtos para as cidades e aglomerações humanas.
Amamentar é um ato de cidadania. Faz bem ao planeta na medida em que ensina com sutileza e carinho que cada um deve buscar seu alimento na medida de sua necessidade, se esforçando para consegui-lo, sem pensar em acúmulos. A cada momento basta o que é preciso para este momento.
O leite materno é um recurso natural renovável de alto valor biológico.
A amamentação é um recurso natural que contribui positivamente para o ciclo da vida e possibilita a sustentabilidade ambiental.
Sim, somos responsáveis pelas nossas escolhas!
O objetivo desse texto vai mais além: sensibilizar á todos que o leiam , a não jogar nos ombros das mães, mas um peso de que, estão prejudicando o meio ambiente, mas sim, que possam apoiá-las na decisão de amamentar ,não como um dever ,mas como um direito da mãe e de seu bebê!


FONTES:
www.saude.rio.rj.gov.br/media/aleitamento_1a12.pdf
http://www.aleitamento.com/
http://www.amigasdopeito..org/
http://sindromedeestocolmo.com/archives/2008/04/amamentar_e_um.html



terça-feira, 30 de março de 2010

A alimentação correta nos 1os meses de vida,pode evitar a obesidade

Li essa reportagem e gostei bastante !
"De MULHER para MULHER: Francine Lima (Repórter de ÉPOCA, escreve às quintas-feiras sobre a busca da boa forma física)



"Numa recente reunião de família, uma prima mais velha comentava os conselhos alimentares que ela tinha ouvido da minha mãe décadas atrás, antes de eu existir. Segundo minha prima, aquela que me trouxe ao mundo era, nos anos 70, uma mocinha bonita e muito vaidosa, criada em uma cidadezinha modesta no interior do estado de São Paulo e recém chegada à capital, cheia de discursos sobre alimentação saudável, cuidados naturebas com o cabelo e palpites do gênero. Minha prima, filha da cidade grande, se admirava da suposta sabedoria da namorada do tio dela. Ao ouvir essa história, ri de mim mesma. Não, esta colunista não é obra do acaso. Tive mesmo a quem puxar!

Minha mãe foi uma jovem inquieta. Largou a cidadezinha pequena determinada a fazer faculdade, tornar-se uma profissional de comunicação, conquistar independência, fazer carreira, lucrar com sua criatividade. Mas não foi bem o que aconteceu. Logo casou, arrumou um emprego estável e, sem querer, engravidou. Como tantas mulheres de sua época, ela jamais aceitaria ser somente mãe. O sonho de crescer no mercado de trabalho em pé de igualdade com os homens e de aprender sobre tudo era seu grande propósito na vida. Não poderia abandoná-lo. Como conciliar a maternidade com tamanha ambição?

O jeito foi fazer o que dava. Minha irmã, mais velha, e eu fomos amamentadas no peito por apenas três meses. Logo fomos apresentadas à mamadeira e às fórmulas infantis, uma versão de alimento bem mais prática e que podia ser fornecida pelo pai ou pela empregada enquanto a mãe trabalhava fora.

Três décadas depois, as mulheres conquistaram muito mais espaço dentro das empresas. Mas parece que ainda não conquistaram de volta o direito de amamentar. Embora a Organização Mundial de Saúde e inúmeros estudos recomendem que todo bebê seja alimentado somente com leite materno nos primeiros seis (e não três nem quatro) meses de vida, no Brasil a licença-maternidade obrigatória ainda é de quatro meses (a não ser para as funcionárias públicas federais, que segundo o Ministério da Saúde já gozam de licença de seis meses). A mãe que faz questão de seguir as recomendações médicas tem de fazer verdadeiras maluquices logísticas para continuar amamentando depois de voltar ao trabalho. O mais comum, no entanto, é que as trabalhadoras abandonem o aleitamento antes da hora.

Uma das preocupações dos pediatras em relação ao período de amamentação é a obesidade. É que, segundo diversos estudos, o leite materno é um fator de proteção do bebê contra um aumento exagerado de peso corporal depois que ele crescer. Por exemplo, um estudo realizado na Alemanha em 1999 com mais de 130 mil crianças mostrou que a prevalência de obesidade na infância era menor para as crianças que haviam mamado no peito da mãe por mais tempo. Assim: entre as crianças que nunca mamaram no peito, a prevalência de obesidade observada foi de 4,5%. Entre as que mamaram exclusivamente no peito por dois meses, a prevalência de obesidade foi de 3,8%. O índice caiu para 0,8% entre as crianças amamentadas por mais de um ano.

Também tem sido investigada a associação entre o aleitamento materno e o risco para doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2, ou seja, alguns dos males mais inimigos saúde pública no mundo atualmente.
As conclusões da ciência mudam o tempo todo. Conforme as variáveis consideradas nos estudos, as afirmações de um podem ser derrubadas por outro. Mas a recomendação de amamentar exclusivamente por pelo menos seis meses e preferivelmente até os dois anos de idade do bebê de forma não exclusiva permanece quase inalterada nas últimas décadas.

Os benefícios de seguir essa recomendação, segundo o Ministério da Saúde, são inúmeros:

"Os bebês que recebem leite materno exclusivamente estão mais protegidos contra doenças, principalmente diarréia e pneumonia. Crianças que não mamam no peito têm 25 vezes mais chance de morrer por diarréia. Com relação à pneumonia, crianças não amamentadas nos primeiros três meses de vida têm 61 vezes mais chance de serem hospitalizadas do que as crianças em aleitamento materno exclusivo. Da mesma forma, as crianças amamentadas têm menor risco de desenvolver otite e alergias. A longo prazo, as crianças que mamam exclusivamente por seis meses estão mais protegidas contra doenças crônicas como obesidade, diabetes melito tipo I, doença de Crohn e linfoma. O leite materno contém todos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento adequados da criança, além de ser facilmente digerido. Além disso, o ato de amamentar é o primeiro momento de carinho entre mãe e filho e favorece a ligação entre os dois".
Por tudo isso, geração após geração, os pediatras procuram convencer as mães a amamentar por mais tempo. Não é uma tarefa fácil, especialmente para quem tem a agenda tomada por outras obrigações. Também não é uma responsabilidade que depende só das mães, uma vez que elas precisam da autorização de seus empregadores para cumprir com mais esse compromisso. Segundo o Ministério da Saúde, o projeto que amplia a licença-maternidade obrigatória de seis meses para todas as trabalhadoras já foi aprovado na Câmara.
A partir daí, a amamentação dependerá mesmo é da vontade das mães assalariadas - salvo em caso de problemas de saúde que as impeçam. Caberá a elas decidir se querem ou não que seus filhos cresçam saudáveis, fortes e magros. É claro que o destino metabólico das crianças não é total responsabilidade do peito materno. O código genético, a educação, o estilo de vida, tudo isso se combina para determinar como o corpo vai se desenvolver. Mas a alimentação dos filhos nos primeiros anos de vida - e até antes, na gestação -, esta sim é atribuição dos genitores.

O que o bebê mama ou deixa de mamar hoje pode fazer diferença na balança e na saúde dele 20 anos depois.
Nem todo bebê que mama pouco vai crescer obeso ou acima do peso. Eu mamei menos de seis meses e nunca fui gorda. Ao contrário, cresci magricela - o que talvez seja também um indício de uma saúde imperfeita. Não sei. É possível que o corpo humano seja capaz de malabarismos que a ciência ainda desconhece. Só sei que, se um dia tiver um filho, terei de pensar não só na minha boa forma depois da gravidez, mas na dele também.

Autor: Francine Lima - Revista Época

Data: 17/3/2010



fonte http://www.aleitamento.com/a_artigos.asp?id=3&id_artigo=2231&id_subcategoria=4

A Natureza do Sono do Bebê( Dra. Andréia Mortensen)

Recebi esse e-mail através das Amigas do peito e achei muito pertinentes as colocações da Dra Andreia.
Divido com vocês!!!


'Após a leitura do artigo "O mau sono do filho pode ser culpa dos pais", publicado no site Guia do bebê em 03/03/2010, gostaria de fazer alguns comentários.

O artigo ressaltou que a raiz de muitos problemas de sono estaria no fato de os pais auxiliarem seus bebês a adormecerem e concluiu que eles deveriam ser treinados a fazê-lo sozinhos.

Tenho algumas críticas a esse raciocínio:

PRIMEIRO, é importante entender que essa inabilidade do bebê de adormecer sozinho, sem ajuda, é de sua natureza. Antes de 2 ou 3 anos não há maturidade neurológica para tal. Então, ao 'treinar' um bebê a adormecer sozinho estamos passando por cima de sua natureza do desenvolvimento, que acontece em fases, em um aprendizado longo e complexo. A matéria parte do princípio de que é preciso condicionar os bebês a não solicitarem aconchego à noite mesmo quando tivessem necessidade, como se uma exigência para um bom sono bom seria apressar a independência do bebê.

SEGUNDO, as funções do choro, do embalo e do apego devem ser levadas em consideração.

O choro - No início da vida, o choro tem um amplo espectro de funções: bebês choram por fome, necessidade de contato físico, frustração, outras necessidades físicas e emocionais. O choro de frustração não pode ser considerado falso por não apresentar uma razão física visível. Experimentos clássicos mostraram que simplesmente pegar o bebê no colo funciona perfeitamente como uma forma de parar o choro, ainda que eles estivessem famintos (1,2). O choro atendido pelos pais tem importância fundamental para a formação de vínculos e estabelecimento do laço afetivo familiar (3).

O embalo - O bebê precisa ter confiança máxima, conforto, segurança e outros sentimentos mais complexos em quem lhe está adormecendo, que levam ao relaxamento relaxamento físico e mental. A mãe acalenta o bebê com um embalo ritmado, lento, afagos leves e ao som de uma melodia delicada e sussurrante de sua voz, e com isso o bebê se entrega e adormece. Deve-se lembrar também que embalar o bebê lhe confere estímulos sensoriais necessários ao estabelecimento do tônus muscular.

O apego - O colo e o apego, em conjunto com o embalo e a amamentação, são fatores críticos para a continuação do desenvolvimento do bebê fora do útero materno. O bebê humano nasce em desamparo e dependência quase absoluta e necessita ser visto e ouvido por sua mãe ou por outra figura de apego primário, de quem procura e espera uma relação recíproca, na qual seus próprios sentimentos iniciais são retribuídos (4). O bebê 'come amor' como se fosse comida e também a sensação de estar rodeado, contido, visto e seguro (5).

Uma criança que se agarra a um adulto não está sendo mimada nem querendo chamar atenção, mas sim está tentando reduzir o seu alto grau de excitação física e seus elevados níveis de substâncias químicas estressantes, como o cortisol e, ao mesmo tempo, tenta ativar as compostos químicos cerebrais que produzem sentimentos de bem-estar, como a ocitocina. Sua mãe é sua 'base neuroquímica' infalível.

Obrigar a criança a ser independente antes de ela estar geneticamente madura para tal é uma provável causa do surgimento de um apego prolongado, enquanto que a criança que recebeu o cuidado amoroso protetor com sua dependência natural reconhecida estará apta a aperfeiçoar suas potencialidades primitivas de crescer, integrar-se, adaptar-se às exigências do ambiente, desenvolver outras relações interpessoais, habilidades sociais, de convivência e aceitação do outro e de preservar a vida.

TERCEIRO, técnicas conhecidas como 'choro controlado' e variações em que o choro do bebê é ignorado não oferecem garantias de noites de sono ininterruptas. Tal fato foi, inclusive, revelado em uma pesquisa recente na qual, apesar de 69% dos pais acreditarem que essa técnica funcionaria, somente 1/6 dos pais disseram que ela eliminou completamente os despertares noturnos. (6)

Ainda, pesquisas revelam que quando a criança cumpre um ano, as mães que haviam atendido rapidamente o seu choro, tinham filhos que choravam muito menos que aquelas que haviam optado por deixá-los chorar (7).



QUARTO, é mito que bebês que são treinados a dormir a noite toda nunca mais acordariam. O bebê muda constantemente conforme seu desenvolvimento e isso interfere em seu sono. Então, é falaciosa a prescrição de soluções eternas para que a criança dormir a noite toda, porque sempre que há mudanças em sua vida (como entrada em escolinha ou mudança de professora, um atrito com amigo na escola, mudança para nova casa, férias, doença, saltos de desenvolvimento e outros) há provavelmente uma causa emocional para a mudança no padrão de sono. Nesses casos, é hora de direcionar todas as atenções a seu filho para que se sinta emocionalmente seguro de as boas noites de sono voltarão.

QUINTO, a pesquisa citada (publicada originalmente em 2009 na revista "Child Development") tem falhas metodológicas e erros de abordagem que não foram citados. Somente 85 famílias foram entrevistadas e isso torna a amostragem não significativa. Além disso, o texto não deixa claro qual foi a porcentagem real de casais que se adequaram às conclusões do grupo (se a margem de diferença for muito baixa, o estudo deve ser refeito com grupo de amostragem mais amplo).

Os próprios autores concluem no final do artigo que, pelo fato de os dados serem baseados em amostras não-clínicas, todas as implicações clínicas devem ser melhor examinadas adiante, em condições clinicas. Os autores ainda discutem que os dados devem ser melhor explorados em outras culturas e em amostras com mais variados status socioeconômicos para testar sua valia em ambientes que tenham diferentes expectativas, filosofias e valores em se tratando de práticas de educação dos filhos em geral e do sono dos bebês em particular.

Portanto, a abordagem dos pesquisadores passou por uma linha de pensamento que não considera diferentes culturas, crenças e individualidades. Os pesquisadores concluem que todas essas são características limitam a generalização dos resultados. Ainda mais, as associações relatadas entre o sono e cognições maternas foram baseadas em percepções subjetivas e podem ter sido influenciadas pela variância do método compartilhado.

Esses aspectos não foram incluídos no artigo que, portanto, não relatou com acuidade o que foi descrito na pesquisa.

FINALMENTE, o artigo publicado continua a oferecer problemas na parte 'Avisos' de hábitos possivelmente perniciosos ao sono.

Alimentá-lo fora do horário? Não é possível, posto que o bebê pequeno precisa mamar em livre demanda para garantir que tenha todas suas necessidades de nutrição e também de sucção não nutritiva saciados. Não há conselho mais prejudicial para o estabelecimento e continuidade da amamentação e, consequentemente, para a saúde dos bebês, do que amamentar com horários predeterminados.

O artigo condena que o bebê durma com seus pais. As conclusões do artigo não consideram bases antropológicas, culturais e tampouco fisiológicas.

O co-leito ou cama compartilhada é algo praticado desde os primórdios da raça humana. A necessidade do bebê humano de estar em contato físico com a mãe vem dos tempos em que o ambiente era perigoso e a sobrevivência dependia de contato direto com sua mãe. Somos parte dessa descendência. Além disso, a cama compartilhada é comprovadamente de auxílio para estabelecimento da amamentação e tem efeitos positivos no estabelecimento de ritmos respiratórios, na regulação de padrões de sono, da taxa metabólica, de níveis hormonais, da produção enzimática (ajudando na habilidade do bebê de lutar contra doenças), na taxa de batimentos cardíacos e no sistema imune (8, 9, 10). Pode também ajudar a atender necessidades emocionais do bebê e da criança mais facilmente, levando em consideração os picos de crescimento, a crise de ansiedade de separação que se inicia por volta dos 8 meses e outras fases que vão além do primeiro e segundo ano de vida, nas quais o contato íntimo com a mãe faz toda a diferença.

Portanto, ter um conceito previamente fechado, contrário a um arranjo de sono, pode dificultar a família a lidar com as necessidades que o bebê e a criança manifestem.

ALGUMAS RECOMENDAÇÕES QUE EU DARIA AOS PAIS SERIAM:

- Investigue em que lugar o bebê dorme melhor: na mesma cama com os pais, no berço em outro quarto, no berço no mesmo quarto porém distante da cama do casal, no berço no mesmo quarto junto à cama? E onde você dorme melhor? Finalmente, onde você gostaria que seu bebê dormisse? A gama de variações possíveis é grande, pode-se tentar alguns dos arranjos até descobrir como toda a família dorme melhor.

- Alterne maneiras de auxiliar o bebê a adormecer, nem sempre mamando (a não ser nas primeiras semanas quando é impossível manter um bebê acordado após as mamadas), nem sempre embalando, às vezes peça para papai entrar na jogada! Ao aprender que pode adormecer de várias formas, é menos provável que o bebê faça associações fortes de sono que podem levá-lo a requerê-las no meio da noite.

- Reconheça os sinais de sono do bebê: esfregar olhos, bocejar, diminuir atividades, ficar irritado, olhar parado, chorar, em alguns casos, gritar. Crie rotinas de acordo com o cansaço e a necessidade de sono da criança (que vai mudando conforme a maturidade), ou seja, uma sequência simples de eventos que ajude a criança a identificar que a hora do sono está por vir.

- As sonecas são importantíssimas para o desenvolvimento do bebê e para o sono noturno. Ao contrário do que se pode pensar, um bebê exausto luta contra o sono e tem dificuldades de permanecer adormecido. Para serem restauradoras, as sonecas diurnas devem durar pelo menos 1 hora, em média, para bebês maiores de 4 meses. Se o bebê não dorme espontaneamente esse tempo e acorda aborrecido, precisa de ajuda para prolongar as sonecas. Você pode usar um sling e deixar o bebê dormir nele. Se ele dorme em berço ou cama, preste atenção: quando acordar, tente colocá-lo para dormir novamente o mais rápido possível. Às vezes, ficar por perto para intervir antes de o bebê acordar completamente é aconselhável. Esse processo pode ser demorado, mas vale a pena, pois o bebê vai aprendendo a emendar ciclos de sono e tirar sonecas mais longas, que são importantes para um bom sono noturno também.

Dra. Andréia C. K. Mortensen



Referências

1- Wolff, P.H. 1987. The development of behavioral states and the expression of emotion in early infancy: New proposals for investigation. Chicago: University of Chicago Press. (1987).

2- Our Babies, Ourselves. How biology and Culture shape the way we parent. Meredith F. Small. Anchor Books. (1998).

3- Tocar: o Significado Humano da Pele. Ashley Montagu. Ed. Summus. (1988).

4- Bowlby, J. (1969,1982) Attachment [Vol. 1 of Attachment and Loss]. London: Hogarth Press; New York, Basic Books; Harmondsworth, UK: Penguin (1971).

5- Babies and Their Mothers : D.W. Winnicott. Merloyd Lawrence. ( 1996).

6- Lynn Loutzenhiser, Regina Leader-Post. Have you been awake all night, trying desperately to put your child back to sleep, or does your little one sleep like a baby? The study is being done in collaboration with a contributing editor to Today's Parent magazine. The survey can be found at http://uregina.ca/~loutzlyn/Research.html. (2009).

7- Margot Sunderland, The science of parenting. DK Publishing Inc. (2006).

8-J. McKenna et al., Bedsharing Promotes Breastfeeding, Pediatrics 100, no. 2: 214-219. (1997).

9- J. McKenna et al., "Sleep and Arousal Patterns of Co-Sleeping Human Mother-Infant Pairs: A Preliminary Physiological Study with Implications for the Study of the Sudden Infant Death Syndrome (SIDS)," American Journal of Physical Anthropology 82, no. 3, 331-347 (1990).

10- A Reasonable Sleep. Evolution suggests that if we sleep with our babies, we might help some of them escape sudden infant death syndrome. By Meredith F. Small DISCOVER 13:4. Medicine. (1992).

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Seguridade aprova ampliação de licença-paternidade para 30 dias



Seguridade aprova ampliação de licença-paternidade para 30 dias

A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou, nesta quarta-feira (10 de dezembro de 2009), o PL 4.028/08, da deputada Rita Camata (PMDB/ES), que amplia para 30 dias o período de licença-paternidade para trabalhadores de empresas participantes do Programa Empresa Cidadã (Lei 11.770/08).

A licença-paternidade representou enorme avanço na Constituição, que nos termos do artigo 7º, inciso XIX, c/c artigo 10, parágrafo 1º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias determinou que o prazo da licença é de cinco dias.
Pela proposta, os pais terão direito ao benefício quando suas mulheres trabalharem em empresas que não façam parte do programa.
O texto determina que a licença prolongada do homem começa imediatamente após o término da licença-maternidade e deverá ser requerida no primeiro mês após o parto.
Para o relator, deputado Eduardo Barbosa (PSDB/MG),
"nada é mais razoável que garantir a devida compensação aos pais pertencentes a empresas participantes do Empresa Cidadã para que contribuam mais diretamente na criação dos filhos".

Supersimples
O texto aprovado também estende a possibilidade de adesão ao programa a empresas tributadas com base no lucro presumido e àquelas optantes pelo Simples Nacional (Lei Complementar 123/06).
Nesse caso, permite-se a dedução do salário do empregado durante o período excedente de licença-maternidade ou paternidade apenas do Imposto de Renda e da Cofins.
Eduardo Barbosa lembra que o texto original da Lei 11.770/08 previa a inclusão dessas empresas, mas essa parte foi vetada pelo Executivo.
O deputado ressalta que as micro e pequenas empresas correspondem a cerca de 90% do total de empresas do País. Com sua inclusão no Empresa Cidadã, portanto, "número significativamente maior de trabalhadores será beneficiado", destaca.

Tramitação
A proposta segue para análise conclusiva das comissões de Trabalho; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Publicado originalmente em 12/12/2009


Autor: Agência Câmara
Data: 31/12/2009
Fonte:aleitamento.com